quinta-feira, 10 de setembro de 2020

E tu, Bomboca?

Então e eu?

Em resumo: mudei de emprego. Comprei casa. Emagreci os quilos que tinha a mais e que queria perder. Estive para me divorciar. Não divorciei. Engravidei. Estou em fase final da gravidez, e bastante assustada com a perspectiva de novo confinamento na altura de nascimento do meu segundo filho. O meu filho mais velho entrou na escola pública e apesar de ainda não ter posto lá os pés, eu já me estou a espumar. Bati muito mal em teletrabalho e com uma criança pequena fechada o dia todo comigo. Percebi que detesto o teletrabalho. Percebi ainda melhor que quem governa este país não sabe o significado da palavra planeamento. 

Parquímetros novamente

Em 2018, escrevi que a cidade estava cheia de parquímetros...

Ora... Os transportes públicos não sofreram alterações de monta, de modo a existir mais oferta e de maior qualidade, mas os parquímetros, ah, esses...! Maravilha! Estão em todo o lado! Em ruas onde não estavam, em cada beco. E o mais engraçado? É que inclusivamente agora há parquímetros para lugares onde antes era proibido estacionar! Como não amar??Maravilha!

E então, Bombocos?

 Como vai essa vidinha? Com covides e assim? Está tudo bem? Cheios de saúdinha?

Vá, vão pela sombra e muita saúdinha, que é o que se quer!

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Gosto da noite

Gosto do silêncio e calmaria que a noite me traz. De trabalhar quando já quase todos dormem. Dos poucos carros que passam na estrada. Das pessoas aventureiras que estão a passear o cão a esta hora. De ver o mar, ora calmo, ora bravio, mas sempre iluminado pelas luzes dos barcos. Do sentimento de paz.
Só não gosto é da obrigação de, amanhã, levantar-me na mesma às 7h.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Os Parquímetros

Eu sonho com o dia em que terei direito a um lugar de garagem no meu empregador. A sério. Benefícios pós emprego? Seguro de saúde? Tudo isso. E se possível, lugar de garagem também. Não, não se trata apenas de comodismo de minha parte. Vá, um bocadinho. Mas não é a principal razão.
Efectivamente, eu até sou super adepta dos transportes públicos, de utilizarmos cada vez menos o carro para deslocações no centro das cidades, quer para descongestioná-las, quer para pouparmos o ambiente. Mas depois há o reverso da medalha: aqui no Porto, ainda há muito trabalho a fazer no que respeita à rede de transportes públicos. Sim, temos o metro que passa na zona dos aliados, trindade, bolhão e Santa Catarina, o que é óptimo, mas há zonas onde o metro não passa, e rede de autocarros é manifestamente insuficiente, quer devido aos seus horários, quer rotas, o que leva a que, em muitos casos, as pessoas não tenham grande escolha a não ser trazer o seu próprio transporte. Ora, o que acontece também cada vez mais na cidade do Porto e concelhos limítrofes, é a proliferação de parquímetros que são capazes de, diariamente, custar mais do que um jantar no Belcanto. É impossível estacionar sempre em locais pagos, não há carteira que aguente. O que sobra? Os lugares não pagos, muitas vezes a uns largos minutos a pé, que toda a gente procura. Um exemplo disso mesmo, é o facto de hoje ter chegado às 8h15, e já não existirem lugares não pagos relativamente próximos do meu local de trabalho. Mais uma vez tive de estacionar longe longe. Ir a pé com pastas, dossiers, computador portátil e saltos altos. As mulheres são realmente capazes de tudo...
Posto isto, senhores das câmaras municipais espalhadas por esse país fora, antes de estabelecerem concessões duvidosas com empresas de parquímetros, avaliem se há condições para as pessoas deixarem de levar os carros, pode ser?
Muito grata.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Das Dívidas

Infelizmente, sou uma das muitas pessoas no nosso país, que tem dívidas.
Neste momento, a minha dívida é devido a um crédito pessoal que fiz para aquisição de um automóvel, e para ajudar a minha mãe com o pagamento de umas dívidas que ela tinha.
Quando fiz este crédito, senti que não tinha escapatória. Era a única decisão possível. Foi duríssimo porque sei o quanto me custa pagá-lo, sei que ainda hoje tento proteger o meu marido ao máximo, não me vá acontecer alguma coisa. E sei que o fiz e por um lado me arrependo.
Não é que me arrependa de ajudar, nada disso, arrependo-me sim do peso que esse crédito assume na minha vida. Das coisas que eu não fiz por tê-lo.
E vocês dirão e bem, tens um carro. Verdade. Mas poderia ter pedido um empréstimo mais reduzido para comprar um carro. Aliás, se não fosse mesmo a situação da minha mãe, eu nem teria comprado um carro semi-novo, provavelmente iria continuar a andar com o mesmo carro antiguinho que eu tinha na altura.
Por isso sim, eu ajudei-a, mas, e como ela nem sempre o reconhece, este crédito é um peso enorme na minha vida, algo que faz parte de mim há anos. O suplício acabará daqui a um ano. E eu mal posso esperar.

E é por isto, por saber as condições em que me endividei, que não percebo quem se mete em dívidas para ir de férias, para comprar mobílias, para comprar telemóveis. Mesmo aquelas campanhas de pagar em X vezes sem juros (que nisto das dívidas são realmente as mais vantajosas), não deixam de ser um estímulo ao endividamento, porque às páginas tantas a pessoa já tem x de crédito da casa para pagar, x de crédito automóvel, x de telemóvel... E por aí em diante.
Todos os meses é uma ginástica cá em casa. E eu não posso dizer que ganho muito mal. Há gente a ganhar pior. Mas entre as coisas do David (creche inclusive), e crédito, rendas, despesas correntes, etc., sobra realmente muito pouco.

Por isso o conselho que vos deixo é mesmo este: metam-se num crédito, só e apenas se valer realmente a pena. Se tiver mesmo de ser. Caso contrário, em vez de se meterem num crédito para aquelas férias maravilhosas que querem ter no próximo ano, comecem a poupar, e pode ser que as tenham no ano seguinte. Créditos free.
Caso contrário, vão acabar a fazer o que eu faço, ou seja, a contar os dias para o crédito acabar...

Das coisas que me fazem revirar os olhos #1

Pessoas, normalmente sem filhos, dizerem que os animais são os seus filhos e substituem uma criança.
Não, meus amigos. Não.
Eu sou voluntária em associações de animais, gosto imenso de animais, tenho animais em minha casa e tenho uma relação profunda com eles, mas não substituem um filho, isso dê lá por onde der.
Portanto quando afirmam que sim, que é a mesma coisa, apetece-me perguntar de quanto tempo foi a gestação do cãozinho.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Associações simples

Na zona onde resido, a CGD tem fechado balcões atrás de balcões. Nos últimos anos, milhares de pessoas têm sido dispensadas do banco público. Percebo a necessidade de redução de custos, de aumento da produtividade, da racionalização. Percebo tudo.

Mas depois, por outro lado, vejo que o sr. presidente da CGD aufere qualquer coisa como 1.000 euros por dia (quando o salário mínimo mensal ronda 1/2 disso...), e que ele e a sua equipa se recusam a entregar as suas declarações de rendimentos, como o fazem todos os outros gestores públicos.

Dá-me vontade de perguntar se andamos a fechar balcões e a despedir pessoas, para pagar salários a estes senhores.

sábado, 22 de outubro de 2016

Claro que sim, meu amor

Nunca te vou abandonar. Nunca te irei deixar desamparado e só.
Estarei sempre aqui, para sempre, e para o que precisares. 
Vais ter os teus desgostos, alguns não poderei, infelizmente, evitar. Fazem parte do crescimento. Do teu e do meu. Irás conhecer mundo, pelo menos mais do que a pequena parte que eu ainda vou conhecer. Irás ter amigos para sempre, amigos passageiros, e amigos que não serão amigos. Vai doer, mas vai passar. Vais ter quedas, espero que pouco dolorosas. Espero que nunca partas nenhum osso, mas ainda assim, antes partir do que torcer. E olha que a tua mãe sabe do que fala, pois já torceu um pé duas vezes, e partiu uma vez o mesmo pé.
Vamos ensinar-te a andar de bicicleta, a dar valor às pequenas coisas, a amar a vida.
Vamos ensinar-te a defender, a não ser pisado por pessoas mesquinhas, a não ter medo de dizer a verdade, mas a dizê-la nos momentos certos. Vamos ensinar-te o valor da vida, da natureza, dos animais, de modo a que possas estar em sintonia com este mundo que também é teu. É de todos nós.
Vamos ensinar-te tudo o que pudermos, mas mas certas coisas terás de apreender por ti próprio.
Tudo o que te posso prometer, é que estaremos aqui para te ajudar a levantar depois de uma queda, e para festejar contigo todas as tuas conquistas.
Claro que sim meu amor. Para sempre.
Parabéns a ti nestes teus 18 meses.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Perdi-te.

Eu cheguei a pensar que seríamos amigas para sempre. Que estarias sempre para me apoiar, pois eu certamente iria fazê-lo contigo. Saíamos tantas vezes, várias delas entre casais, passámos férias juntos, foram muitas as gargalhadas.
Até que tive o David. E aí encontramo-nos menos vezes. Cada vez menos. Nós convidámos, mas vocês tinham outros planos.
Até que deixámos de vos convidar. Deixámos de ligar ou enviar mensagem.
Afinal não vão poder mesmo. Claro que não disseram nada quando estavam disponíveis, pois a verdade é que já não estão disponíveis.
E por isso perdi-te. E eu gostava tanto de ti... Perdi-te.

Creio que o que aconteceu comigo acontece com muitas pessoas após serem pais. Perdemos umas pessoas, ganhamos outras. Eu ganhei e perdi algumas.
E cada vez mais sei que quando se quer, arranja-se tempo. Se não for hoje, será amanhã.
Dizem-me que gostam muito de mim. Do David. De todos nós.
Mas para mim a amizade é como uma planta, que precisa de sol e água em conta peso e medida. Se não for cultivada, morrerá. E que amigos posso eu ter, que nem sequer sabem do meu filho há meses? Será que se preocupam assim tanto? Provavelmente não.
Certamente outras pessoas conseguem agora aguentar o ritmo de sair à noite, fazer programas divertidos, ir passar o ano a uma qualquer cidade exótica.
Por isso... Perdi-te.

Sabem quando fazemos planos e Deus se ri na nossa cara?

Pois, é exactamente isso.
No preciso mês em que estava a planear começar a tentar engravidar novamente, fico a saber que terei de me deslocar em breve, por motivos profissionais, a um país com incidência de doenças como Zika, Febre Amarela e Malária.
Posto isto, não poderei engravidar nos próximos meses. Lá se vão as contas e os planos.
Tramado, não é?
Pois... Toma lá Bomboca, para aprenderes.
A única coisa que vejo de positivo nisto, é a possibilidade de tudo se compor, lá para a frente, mas ainda não sei bem como.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Nem sei que título dar a isto. Desabafo, pena. Algo desse género

Por motivos profissionais, na última semana tive de me deslocar a Lousada. Não ao centro, mas à zona limítrofe, com vários descampados.
Ali, mesmo à face da estrada, e em plena luz do dia, não consegui contar quantas mulheres se prostituíam. E havia carros a parar, carros com pessoas lá dentro, na berma, o "serviço" estava a ser feito mesmo ali.
Nesse momento tudo o que senti foi pena. Pena daquelas mulheres, a quem a vida levou para este tipo de caminhos degradantes, e nem consegui imaginar o sofrimento que deve ser. Até que uma colega de trabalho, que, para contextualizar, conduz um BMW série 5 oferecido pelos pais e joga golf ao fim-de-semana, resolve dizer que a culpa daquela situação é inteiramente daquelas mulheres, que não procuram emprego noutras áreas por não quererem, porque, segundo ela, emprego é o que não falta, as pessoas é que são preguiçosas e não querem trabalhar. Ora... O que dizer, não é?
Expliquei-lhe que nem sempre as pessoas têm as mesmas oportunidades na vida, e muitas vezes pensam que aquela é a única saída, não conseguem ver mais nenhuma "luz ao fundo do túnel", e não sabem como sair daquela vida e círculo vicioso.
Ao que ela me diz que não, que elas é que são porcas porque não querem trabalhar e portanto fazem aquilo...
Disse-lhe que nem toda a gente tem possibilidades para jogar golf ao fim-de-semana, e oportunidades para tal.

Depois fiquei na dúvida sobre quem tinha eu mais pena. Se das mulheres que ali se prostituíam, ou da minha colega, que acha que nesta vida é tudo um mar de facilidades, e não consegue enxergar na verdade a sorte e o privilégio que tem.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

O útero é meu, sim?

As pessoas gostam imenso de opiniar sobre a vida das outras pessoas. É um hábito muito português.
A minha avó é expert nisso! Tem sempre uma opinião mais ou menos disparatada para dar, mesmo que eu não lhe peça conselhos, como foi o caso.
A questão é que ando cheia de vontade de ter outro bebé. E calhei de comentar isso em casa. Ui, não estão a perceber o filme! A minha avó acha que eu não devo ter mais filho nenhum. As razões que ela aponta são o facto de a vida estar muito cara, eu trabalhar muito, ter pouco tempo, e o facto do David ser ainda pequeno e ser um bebé perfeito, pelo que qualquer bebé que venha a seguir não será como ele. Dá para não responder?

Eu não consegui falar calada e disse-lhe que se ela teve 3 sem nunca sequer ter frequentado a escola, com muito menos condições económicas e com 3 empregos, eu também iria conseguir ter os meus. E que no meu útero, mando eu. Ela lá continuou a dizer que ainda assim eu não devia ter mais filhos.
Ainda arranjou que a minha mãe se chateasse com ela.
Normalmente, a maior parte das pessoas tem o problema contrário, que é a família a querer mais bebés. Pelos vistos a minha avó vai contra a corrente, um já está bom. E a criança nem primos directos vai ter.
Enfim, como eu lhe disse, no meu útero mando eu, e a decisão de ter ou não mais filhos será sempre minha e do meu marido. E se me bombardearem com comentários despropositados, levam com este tipo de resposta.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Das poucas coisinhas boas que este governo PS + Sindicatos + Extrema Esquerda fizeram

A reposição dos feriados.
Que bem me soube. Devia haver sempre um feriadinho a meio da semana, para o pessoal descomprimir. Acho que esta semana até é mais produtiva do que aquelas de 5 dias de trabalho.
Mas isso já é temática para outro post.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Entretanto descobri esta preciosidade- Eva Cassidy



Obrigada Smooth FM.

Bomboca, a conselheira sentimental

Sempre fui uma pessoa a quem outras recorriam em busca de conselhos sentimentais. Como tenho uma relação amorosa duradoura e bem sucedida, às vezes as pessoas pedem-me conselhos para determinadas situações. Dou-os com gosto, mas obviamente não quer dizer que resultem.
Anyway, uma pessoa das minhas relações veio confidenciar-me que apesar de estar casada e bem casada, que estava a sentir, vamos lá, desejo por outrém. A pessoa ama a outra com quem está, mas acha piada a uma terceira pessoa. Ora, acontece que um dia, essa pessoa e a terceira pessoa, se beijaram. Diz-me a minha conhecida que ficou por ali, não houve rigorosamente mais nada, e até anda a evitar essa pessoa. Mas pessoa minha conhecida diz que pensa muito na terceira pessoa, apesar de continuar a sentir desejo e amor pela pessoa com quem está.
Foi-me pedido um conselho sobre se há-de dizer ou não à pessoa com quem tem uma relação. E eu... sinceramente fiquei meio desprevenida. É uma situação para a qual não tenho assim uma resposta na ponta da língua.
Disse-lhe para pensar bem no que quer, se vale a pena arriscar a relação que tem, ou se foi só um flirt que nunca terá consequências. Perante o que pensar, aí sim deveria tomar uma decisão.
Confesso que não estava à espera de tal, portanto fui apanhada na curva. Não sei se dei assim grande aconselhamento.

E vocês, que conselho dariam?

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Nêspera

Aquilo da Nêspera no rabo, que fui ver ao coliseu, é das melhores coisinhas que se fizeram em humor nos últimos tempos, não é?
Eu pelo menos acho, mas que sei eu, que só gosto de humor parvo.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

As melhores do bairro

Eu tenho varias amigas mulheres, e alguns amigos homens. Penso que tive sorte com as amigas que me calharam na rifa, porque são muito como eu, simples, descontraídas, que não querem saber de mexericos. Ora, mas eu tenho de admitir que, em geral, as mulheres são muito mazinhas umas para as outras.
Num comentário do shiuuu, li uma fulana que dizia que tinha 34 anos e era toda jeitosa, gira e cheia de inteligência, e falava mal das suas colegas gordinhas com filhos, que se tornaram completamente desinteressantes e só falavam dos filhos.
Ela diz ainda que há-de ter filhos, mas que nunca se vai tornar desinteressante.
Primeiro,a senhora tem de perceber que com 34 anos, não está propriamente a caminho de nova para engravidar pela primeira vez. Nem vou falar do auto-elogio, que sinceramente já não me choca, pois parece que cada vez mais conheço gente que se acha o rei da parada. Falo sim do preconceito generalizado que existe na cabeça destas mulheres, que podem ter um corpo fabuloso mas demonstram que são ocas. Uma mulher que é mãe não tem necessariamente de ser gordinha nem de falar apenas dos seus rebentos. Mas este será, com toda a certeza, um tema extremamente recorrente. E não tem nada a ver com uma mulher não ser interessante, tem sim a ver com o facto de o foco e as prioridades das mulheres se alterarem de forma significativa. Eu continuo, por exemplo, a falar de tudo o que antes falava. Mas  é normal, que se estiver a falar com outra mulher que também é mãe, a conversa acabe por ir parar a esse tema. E sabem que mais?? Não tem nada de mal!
Eu até acho que sou uma mulher muito mais interessante agora que sou mãe. As minhas prioridades mudaram, sou bastante mais eficiente, perco cada vez menos tempo com o que não interessa e sou mais disciplinada.
Agora, realmente não tenho grande paciência para pessoas convencidas, isso não. E parece-me que muitas mulheres, sobretudo nessa faixa etária, que ainda não são mães, sentem um pouco de "inveja" de todas nós. Sim, elas não tem uma barriga com estrias, verdade, mas será que estão assim tão satisfeitas com a sua própria vida, para precisarem de nos rebaixar a nos, que somos mães??
Se calhar não, não é... Pensem nisso minhas caras, antes de nos criticarem por estarmos a comer aquele pastel de nata que estava a olhar para nós na montra da pastelaria.

Dúvidas parvas

Porque é que há casas-de-banho onde não se pode deitar o papel na sanita? Avisos e avisos em letras garrafais na parede, não vá a pessoa ter problemas de miopia. Então o papel higiénico não está especialmente concebido para dissolver? Que raio de canos são estes que se entopem com isto? E quando fazemos outra coisa que não xixi, querem mesmo que o papel com cócó seja colocado num balde do lixo?
Eu continuo a colocá-lo na sanita. Faz-me confusão pô-lo num sítio diferente.
Se existir uma inundação planetária dos esgotos, já sabem, fui eu que a causei, devido ao facto de não colocar o papel no cesto.

Um grande bem-haja e um abracinho apertado a todas essas pessoas

Quero aproveitar o espaço do meu blog, para aqui dar um grande bem-haja e um abracinho apertado e fofinho, a todas as pessoas que batem no carro das outras, e não deixam qualquer contacto, nem procuram resolver a situação. As que fogem, portanto. Os ratos de esgoto que se escondem depressinha no sítio de onde saíram. Em especial, aquele que me bateu no meu carro, estando o mesmo estacionado devidamente, e me riscou a porta e desfez o espelho retrovisor do condutor.
Obrigada, sim?
Espero que seja muito feliz a ir contra uma parede. Mas sem se magoar, claro! Só umas amolgadelas no carrinho, para ver o que custa.

Mais um comportamento anti-cívico de alguns membros da nossa sociedade, que não estão minimamente preocupados com as outras pessoas. Porque raio as pessoas batem e fogem? Não têm seguro? Porque se têm, ficava o problema resolvido rapidamente e sem grandes penalizações para quem bate. Ou é só para ser mesquinho? Ajudem-me a perceber, pois eu nunca bateria num carro e fugia, por isso não consigo perceber o que raio é que passa pela cabeça destas pessoas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Marianinha, chega cá ao pé de mim que eu ajudo-te

Tiraste mesmo o curso de Economia, ou foi a tua irmã gémea que foi fazer os exames por ti, ora diz lá?
Engataste o professor? Não me mintas Marianinha!
Não estou aqui para te julgar, estou aqui para te ajudar. Há muita gente que te critica, ou mesmo insulta. Esse não é o meu propósito. Eu não acredito que devamos insultar alguém por não saber resolver equações diferenciais, por exemplo. Se a pessoa não sabe, também não é correcto insultar essa pessoa. O nosso dever é explicar-lhe as coisas, ou, no mínimo, fazer-lhe ver as suas carências de ordem intelectual. Nunca menosprezar. É feio.
Posto isto Marianinha, serve o presente post para te ajudar a ver a luz. Já percebemos que ciência económica não é o teu forte. Discursos motivacionais também não, mas não serão esses o objecto da minha explicação.
Ora, tu dizes que não podemos ter vergonha de ir tirar dinheiro aos ricos. Em primeiro lugar, posso dizer-te que o Vale e Azevedo também não tinha vergonha nenhuma de o fazer, inclusivamente a clubes que já na altura não eram ricos, e acabou por ir parar à prisão. Até o tio Ricardo Salgado, está com uma pulseirinha... Entendes o que quero dizer? Sim, é crime. Roubo.
Mas tu queres fazê-lo pela via institucional, queres por o roubo na lei, não é? Percebo. Nesse aspecto foste mais inteligente do que aqueles dois.

Sendo assim, a explicação necessita de ter outro foco. Primeiro, tenho de te explicar o conceito de poupança: poupança é o remanescente monetário com que um indivíduo fica, após as deduções de impostos e consumo, ao seu rendimento. Temos ainda que o consumo já é tributado, ou seja, o indivíduo recebe um salário, ao qual deve retirar os respectivos impostos, sendo que tudo o que consumir com esse salário, também terá incidência de imposto (salvo as raras excepções das isenções de IVA previstas no código). Ora, a poupança, dizia eu, é o que sobra. Portanto, a parte do rendimento do indivíduo que também já foi tributada.
Percebes agora quando eu digo que o imposto que tu e os teus camaradas querem criar, é um imposto de dupla tributação?
Adiante.
Tu também dizes que vocês querem reduzir as desigualdades em Portugal. O problema, Marianinha, é que tu e os teus compinchas, querem nivelar tudo por baixo. Se não podem ser todos ricos, então serão todos pobres. Mais ou menos isto, não é?
Acontece Marianinha, que não há bem estar social (que é medido pelo teu desconhecido IDH- Índice de Desenvolvimento Humano), sem crescimento económico. Eu bem sei que a palavra crescimento te assusta se não estiver ligada com impostos, eu compreendo, são conceitos muito assustadores, mas imagina tu que até há uma cadeira na faculdade, que se chama precisamente crescimento económico. É de revirar o estômago.
Dizia-te eu, que sem crescimento económico, não existe rendimento para se redistribuir. A melhor maneira de se acabar com os pobres e com a desigualdade, é através do crescimento sustentado de uma economia, libertando-a das suas atrofias. Livrando-a do assustador mecanismo estatal. Libertando as suas amarras.
Como é que se consegue crescimento económico, perguntas tu? Lembras-te do conceito de poupança que te expliquei há pouco? Pois é... A poupança é um dos mecanismos do crescimento, pois sem ela (individual ou estatal), não existe investimento (privado ou público), e portanto, não é possível investir no que se acredita que é o grande motor do crescimento das economias, que é o capital humano.
Adicionalmente, temos a questão do excesso de tributação numa economia. Sabes, Marianinha, em todas as economias existe um tecto máximo de tributação que as mesmas estão disponíveis para acomodar, e, segundo estudos da OCDE, a economia portuguesa é uma das que mais tributação tem.
Portanto, é convicção de muitos analistas, que já ultrapassámos esse tecto, e o que acontece com a introdução de mais tributação, é que a economia passa a ser ainda menos eficiente, e a tributação não dará origem a mais receita. Ainda não te passou pela cabeça que os mais ricos conseguirão fugir a este imposto? Não percebes que grande parte dos riquíssimos, a cujo dinheiro queres deitar a mão, estão protegidos de sangue sugas como tu e o teu pai? Quem sobra? Nós, os que não podem fugir. Aqueles que tu achas que são ricos mas na verdade não são. A classe média que queres ajudar a exterminar.
Além disso Marianinha, se deres os sinais errados para os mercados, para as pessoas e para as empresas, sabes o que vai acontecer aos investimentos? Pois é, vão diminuir. Já estão a diminuir. As nossas exportações já não estão a crescer ao mesmo ritmo...

Eu penso que já te dei uma ajudinha para começar a perceber o que é isto de economia, crescimento, etc. Posso continuar a ajudar-te, mas aí as aulas já serão pagas, que eu não cresci numa herdade no Alentejo. Vai pela sombra Marianinha. Não tens de agradecer, sempre às ordens.

Sonho de manhã de segunda-feira

O despertador toca e eu não tenho de me levantar. Posso ficar na cama até à hora que me apetecer, não tenho horas, nem obrigações. Não tenho de vestir um fato, nem tenho de enfrentar o trânsito matinal. 
Mas mais do que tudo isso, seria não ter de levar com o cheiro muito pouco agradável do meu vizinho no elevador. Mas quem é que usa roupa da Massimo Dutti e cheira mal logo pela manhã?? Simplesmente não combina! É que depois não é um cheiro a suor,  é um cheiro estranho mas extremamente desagradável. 
Enquanto me recomponho e tento não vomitar a sandocha de fiambre que já enfardei, digo um "bom dia", e rezo para que o elevador não avarie. 
É que o galão já está aqui a dar voltas no meu estômago, mas entretanto o vizinho sai no piso 0, graças a Deus nosso senhor.
Vou para o carro e penso em todas aquelas pessoas cheias de sorte, cujos encontros matinais incluem um gentleman perfumado, qual anúncio da Hugo Boss. Mas sou eu. A Bomboca. O Nuno Markl da blogosfera.
Com sorte ainda encontro este amigo no regresso a casa.
#soesperoquenao

domingo, 25 de setembro de 2016

Expliquem-me lá como se eu fosse muito burrinha

porque é que há pessoas que se exaltam com outras, tendo apenas em conta as preferências relativamente a smartphones? Descobri que há pessoas que levam mesmo a peito a escolha entre Samsung e iPhone, por exemplo. É quase como a rivalidade entre clubes!
Menos minha gente, muito menos.

Já estou no Instagram, no Facebook e no Twitter!

se é para ser, então é mesmo!
É a pura da loucura!

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

O quê? A outra jovem está grávida??

Não era a jovem que não gosta de crianças e nunca ia ter filhos? Ahaha tãooo bom.


Vá pronto, já sabemos que a anterior tentativa foi frustrada...

Vamos tentar outra vez, sim?

Sabem o que não ajudou? O meu pc pessoal ter pifado.
É daquelas coisas que não dão jeito, visto que não me entendo minimamente com o blogger no telemóvel.

Bem, que vos posso dizer?
Ora, tive umas férias ÓPTIMAS!!! :D

Se descansei? Nadinha. Estive o tempo todo com o meu bebé, e como devem imaginar, um bebé de 16 meses não dá tréguas. Já corre, o sacaninha. Quando está cansado pede colo. Está demais.
Mas foi tão, tão bom... Parece que recuperei uma quantidade de dias "perdidos", em que não estive tanto tempo com ele.
Se dormi muito?
Também não. Os bebés são fãs de acordar cedo, e eu sou fã de me deitar tarde em férias, pois é quando posso finalmente aproveitar para ver séries, filmes, ler.
Portanto, também não.

Mas voltei ao trabalho a meio de Setembro e sinto-me outra. Ter sido promovida também ajuda, claro. Mas estava a precisar urgentemente de parar. De respirar. De viver o meu bebé. De tempo só para nós. E portanto não li blogs nenhuns, não sei de polémicas nenhumas, nada de nada.

Ando com vontade de escrever.
Vamos lá ver.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Curtas

- O meu bebé já fez um ano. Não me perguntei como raio é que passou tão depressa. Não sei. Gostava de saber.

- Percebi o verdadeiro significado da expressão "tem um filho e verás quem são os teus amigos". Algumas pessoas desiludiram-me, sim, mas para ser 100% sincera, não era nada que não estivesse à espera.

- As coisas no meu emprego andam loucas. Toda a gente cheia de trabalho, gente a meter baixa por esgotamento, gente a chorar pelos cantos, gente desesperada. Isto é o retrato actual de muitas realidades laborais em Portugal. Onde o trabalho vem sempre antes seja do que for. É duro. Mas é aguentar. Não me estão propriamente a chover propostas.

- As pessoas têm uma lata que sempre me surpreende. Vejam lá que gente que não me fala há anos, quer pedir-me favores. Pois sim...

E este Novembro, que nunca mais acaba, hein?

Belo tempo.
Faz-me recordar os saudosos meses de Novembro, Fevereiro....
Quando a Primavera chegar, é favor avisar!

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Não quero julgar ninguém, que não quero. Mas que me faz confusão, faz

Pessoas com filhos, que todas as sextas e/ou sábados, vão para a noite beber uns copos. Não se trata de julgamento, mas admito que me causa alguma estranheza. Pelos seguintes motivos:

- Eu ando tão morta, que só o facto de me manter acordada após as 23h, é para mim impensável;
- Não consigo ter energia para levantar um copo;
- Tendo em conta que essas pessoas trabalham à semana, deixam os putos todos os fins-de-semana com os avós? Sim, existe aquele argumento de "o miúdo às 2h da manhã está a dormir". Verdade. Mas no dia seguinte ele acorda na mesma de manhã cedinho. E depois? E depois digo-vos que não sei como aguentam a ressaca gigantesca, pois eu saí para festejar o meu aniversário e no dia seguinte, quando o David acorda feliz e contente às 8h da manhã, sendo que eu me tinha deitado às 3h, pensei que morria.

Mas se conseguem, força! Eu é que não entendo como...

Socorro! Bom atendimento e bom português precisam-se!

Ando à procura de um carrinho bengala/ de passeio, para levarmos nas férias (sim, já as marcámos, graças a Deus nosso senhor!), e para termos em casa, sem ter de andar a levar o outro carrinho de e para a casa dos vós.
Nesta busca incessante e complexa, como aliás é o normal em relação a tudo o que envolva o universo bebés, dirigi-me à Zippy. Na loja, constatei que não têm nem 1/10 dos artigos que vêm em catálogo. Assim sendo, perguntei à funcionária que me atendeu, se podia encomendar sem compromisso de compra, mais especificamente perguntei "se eu encomendar, a encomenda é vinculativa?". Bem, a senhora ficou a olhar para mim como se eu fosse um alien, mas resolveu sair-se com "O que é isso?". Expliquei-lhe o significado da palavra "vinculativa". Ao que a senhora me diz que tenho de dar um sinal de 50€, mas eu recuso, pois afirmo que não vou dar um sinal relativo a um artigo que não conheço, e não tenho a certeza de querer comprar quando o vir. Digo que se quiserem encomendar, tudo bem, se não quiserem, "amigos à mesma". A senhora diz então "bem, vou levar na cabeça da minha chefa por sua causa! Vou encomendar". Ao que eu digo que se não quer encomendar, não há problema, vou procurar outro carrinho numa outra loja. A senhora diz que não (neste momento até foi prestável), e diz que encomenda na mesma, mas que eu tenho de perceber que para a loja é muito chato, porque os clientes encomendam coisas e depois se não as quiserem, eles ficam com os artigos. Ao que eu digo que a gestão de stocks da loja é algo completamente independente dos clientes, que os clientes não podem tomar parte da gestão interna de stocks efectuada pela loja. Bem, a funcionária olhou novamente para mim com um ar de quem não tinha percebido uma palavra do que eu tinha dito.
Enfim, se calhar sou eu que sou demasiado "complicada". Pode ser. Anyway, há coisas piores para se ser.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Deixem-me rir só um bocadinho

A minha empresa quer que as pessoas que não têm clientes nesta altura, tirem férias, para não ficarem "paradas" nos escritórios. Eu não estou nessa situação, mas há gente que está. 
Férias. Em Abril. Deve ser bom, deve. Diz que está um ventinho agradável pelos lados do Algarve...


quarta-feira, 6 de abril de 2016

Nem sei por onde começar, mas cá vai- Junk food e bebés

Li este estudo que afirma que existem bebés viciados em junk food. Nem queria acreditar no título, pois achei que era um exagero e seria mau demais. Mas depois abri o link, li o artigo e passei-me. Como é que há mães que conseguem fazer isto aos seus bebés?! Dar-lhes batatas fritas quando ainda nem sequer têm dentes? Dar-lhes coca cola em biberão? Fiquei escandalizada, a sério. Dentes de bebés que já nascem pretos e bebés com obesidade.
É isto que estas pessoas estão a fazer. O que é contraditório, na medida em que cada vez há mais informação, cuidados médicos e suporte às grávidas e às recém mamãs. Nas aulas de preparação para o parto, foi-me claramente explicado quais os alimentos permitidos e quais os proibidos. O pediatra, a mesma coisa. Por isso desculpem mas não, não entendo. Entendo que muitas destas mães não o queiram verdadeiramente ser, isso entendo. Entendo que comprar um hamburger e batatas fritas acabe por dar menos trabalho do que fazer convenientemente uma sopa, do que preparar uma refeição em condições. Entendo que ter filhos dá trabalho sim, e é necessário um espírito muito forte de abnegação e de sacrifício, pois apesar de ser a coisa mais maravilhosa de sempre, precisam de muitos cuidados, atenção, carinho, enfim, e outras tantas coisas.
Entendo que há pessoas que não mereciam ser mães.

Depois há pessoas que ficam chocadas com o meu método rígido no que respeita à alimentação do David. Que não percebem porque é que não lhe dou uma colher de mousse de chocolate "porque o menino está a olhar". Que não lhe dou uma amêndoa porque "só uma não faz mal". Que não o deixo comer batatas fritas porque "não faz mal nenhum". Não, o meu filho não come porcarias quando ainda nem sequer tem um ano. Sim, dou respostas tortas a quem acha que cria o meu filho melhor do que eu e a quem acha que "não faz mal" e quer à força intrometer-se onde não deve e acha que saberá melhor do que eu o que é melhor para o meu filho. Não, não sabem.
Porque se antigamente se fazia não sei o quê, problema deles, não tenho nada a ver com isso.
E depois admiram-se que eu fique cega e me dê a volta ao estômago, ao ver pessoas a oferecer bolos e chocolates a crianças de colo.
Tudo começa aqui. E se começar mal, depois é muito difícil endireitar.

Sou só eu que estou fartinha destes títulos?!

"Fulana X ousada em produção fotográfica". "Fulana Y como nunca a viu".
Porquê? Não há mais nada de interessante? Hoje é o Correio da Manhã que observa a "ousadia" da Irina Shayk. Santa paciência, vão escrever notícias a sério.
Depois, as fulanas que são modelos, ainda percebo, mas as outras, qual é o objectivo de realizarem tais produções? Sinceramente, já enjoa!

terça-feira, 5 de abril de 2016

Os Panamá Papers

O que é que eu posso dizer sobre este tema, que pessoas mais eloquentes não o tenham já dito?
Posso dizer que esta gente é toda uma merda, que representa o nojo da sociedade e a desonestidade, a batota, o comer os outros por parvos. Posso dizer que merecem todos ser julgados e irem parar à cadeia, apesar de saber que isso nunca irá acontecer.
E agora? Agora é esperar para ver quantos mais "notáveis" se encontram nesta teia de aldrabice, e ver que consequências tudo isto terá necessariamente de ter.

Essencialmente é isto

Aquele momento em que ele adormece encostadinho a ti, descansado, corpo completamente pesado, respiração calma. Sossegadinho, a arrotar a leite, sente-se seguro como em nenhum outro lugar, com a cabeça encostada à tua omoplata. Este é o meu momento favorito do dia.
Este, e também aquele em que ele me vê e sorri, ri às gargalhadas, esperneia para vir ao meu colo e chora a bom chorar se eu não lhe pego imediatamente.
E eu fico a pensar que o resto é o resto, e que a vida é essencialmente isto.

Stick to the plan

Eu tenho um plano. Um plano para os próximos 2 anos.
Correndo bem, logo vos direi, mas devem imaginar qual é... De qualquer das formas, não quero agoirar. E por isso não o conto a ninguém, é só para mim e para o meu marido. E então todos os dias eu me foco neste plano, nestes objectivos. Porque para ser sincera, muitas vezes só me apetece pegar no meu filho e no meu marido, e fugir daqui, para longe, para um cantinho só nosso, com todo o tempo só para nós. Só que depois penso com clareza e concluo que não temos dinheiro para nos aguentar e passar Badajoz. Assim sendo, tenho de me manter focada no plano. E por isso digo-me a mim própria, todos os dias, para me manter focada, para me concentrar, que está quase, e a recompensa irá chegar. Para não fazer como já fiz anteriormente, em que desisti perto da linha da meta.
Stick to the plan Bomboca, stick to the plan.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Cada vez mais

Hoje li este texto da Cocó e adorei. Revejo-me imenso no que ela referiu sobre o trabalho... Menos quando ela diz que antes achávamos porreiro acordar cedo e chegar tarde. Vou ser muito sincera: como alguns dos que já me lêem há algum tempo sabem, eu nem sempre cheguei a casa tarde e a más horas. Mas a verdade é que sempre olhei para o emprego como isso mesmo, um emprego, um mero meio de pagar contas, uma necessidade e não um gosto. E agora, com a minha família, um emprego representa cada vez mais isso. Um emprego. Já tive empregos onde gostava verdadeiramente do que fazia, gostava dos colegas, etc., mas mais do que isso, gostava sobretudo porque saía a horas decentes, e isso permitia-me ter VIDA. Eu tinha uma óptima qualidade de vida. Estava inscrita no mestrado, ia ao ginásio, fazia o jantar todos os dias, davámos belos passeios nocturnos à beira-mar. Por isso é que gostava tanto daquele emprego. Era bem tratada, não ganhava mal, e tinha uma vida tranquila.
Entretanto essa vida mudou. Já não tenho a mesma disponibilidade para a minha família, infelizmente. Dizem aqui na empresa que tudo melhora no Verão. Ainda não sei pois no ano passado estive de licneça. Mas na empresa desta área em que já estive, as coisas não melhoravam assim tanto no Verão. Só um bocadinho. Portanto... A ver vamos. Vamos ver realmente se o Verão consegue compensar o resto dos meses.
Para já, parece-me tudo muito chuvoso.

Novamente segunda-feira, não é?

Pois...

quinta-feira, 31 de março de 2016

Como um burro a olhar para um palácio

Respira. Aponta tudo o que te estão a dizer. Não te esqueças de nenhum pormenor.
Mesmo que depois digam que não disseram e não saibam o que disseram. não te esqueças.
Aponta.
E respira.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Em bicos de pés

Detesto pessoas que gostam de se por em bicos de pés, para chegar mais alto, de preferência por cima de outras pessoas.
Em contexto de trabalho, pedi que pessoa x fizesse uma coisa. Depois disse-lhe para enviar para mim, para eu ver e acrescentar o que achasse necessário. Pessoa x vai e envia para o meu chefe, directamente. Quis mostrar, quis ser superior. Detesto essa atitude. Se tivesse tido outra, certamente a minha atitude também seria diferente. Calhou-lhe foi mal, pois o que pessoa x tinha feito estava uma cagada, e eu tive de refazer tudo.
Acontece, não é?
É para não acharem que são muito espertos.

terça-feira, 29 de março de 2016

Voltemos para trás, não é?

Estou mal disposta com esta notícia. Então agora andamos para trás? Reconhece-se publicamente num país europeu que não é seguro para as mulheres viajarem sozinhas?
E de onde vem esta caga de insegurança, de medo? Quem é que não tolera que as mulheres tenham os mesmos direitos que os homens? Aos olhos de quem deveríamos estar caladinhas, tapadinhas, e valer menos do que zero, podendo, portanto, ser violadas sempre que um homem quiser?
Hmmm... Não sei não...
Mas isto não me agrada. Mostra que estamos a andar para trás no que à igualdade e respeito pelos valores fundamentais, diz respeito.

É tudo à grande

Uma das partes giras do meu emprego, é que vou por esse Portugal fora, e consigo conhecer o que tem de melhor a nossa gastronomia.
A parte chata, é que quero emagrecer, mesmo comendo como uma lontra.

Descobri esta voz e apaixonei-me

Adoro-a. É uma cantora de Singapura com uma voz de anjo.
Enjoy.


23h

Cheguei ontem a casa às 23h. Estive numa reunião das 17h até às 23h. Tudo parece mais importante do que o resto, até as casas décimais em ficheiros excel.
É o meu trabalho, há que aguentar.
Aguenta e não chora. Apesar de ter sido o que me apeteceu fazer quando cheguei a casa e vi que o meu filho já estava com os olhinhos fechados.
Aguenta e não chora.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Segunda-feira

Eu tenho depressão de segunda-feira. Para mim, este dia é o bicho papão que me retira mais 5 dias com o meu menino. Sair e ele estar a dormir, chegar e ainda ter de trabalhar para logo a seguir o embalar... Não é fácil. Quem disse que conciliar a vida familiar com a vida profissional é fácil, ou tem um horário em que sai às 4 da tarde, ou está a mentir. Cada vez mais as pessoas dão tudo de si ao trabalho, sobrando muito pouco tempo e paciência para tudo o resto.
Quantas vezes, vimos zangados/frustrados com alguma coisa que se passou durante o dia, e acabamos por descarregar em quem mais amamos? Eu já o fiz. Cheguei a um ponto da minha vida em que disse para mim própria que isso não poderia voltar a acontecer, mas não sei se irei sempre consegui-lo. Um dia de cada vez.
Mas para mim, a segunda-feira tem o condão de me trazer de volta à vida real, aos dias de trabalho que não acabam, ao ritmo e frenesim quotidianos que não nos deixam respirar. Temos de estar sempre disponíveis para as empresas, 24h/dia, sabe-se lá o que pode acontecer se falharmos, ainda falece alguém se não entregarmos as coisas naqueles prazos que só quem supervisiona e não executa, pensa ser possível.
Vejo cada vez mais o trabalho como um usurpador de tempo, de qualidade de vida.
Muda de emprego, dizem-me. Irei, ainda não, mas irei, a seu tempo.
Mas mudar para onde, pergunto? Na minha área está tudo assim.
Toda a gente tem medo da segunda-feira.

domingo, 27 de março de 2016

Feliz Páscoa para todos!


Festas infantis

= All hell breaks loose!

Miúdos de várias idades. Bebés que ainda não andam e só querem estar ao colo. Confusão total. Miúdos aos gritos, a correr, bebés a gatinhar, pais a tentar que os miúdos mais velhos não passem por cima dos bebés.
Comida e doçaria diversa. Tudo é imenso. O que vale é que há álcool.
Descubro que as festas infantis são um excelente modo de comer e beber à grande, por um custo pequeno- a prenda do aniversariante.
Haja comida e bebida.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Carlos Cruz dixit

Carlos Cruz diz que houve subornos na atribuição do Euro 2004 a Portugal. Ora bem, o Carlos Cruz também diz que nunca abusou de criancinhas, não é verdade? E se realmente houve batota no Euro, porque é que não veio a público antes? Não dava jeito?
Carlos Cruz diz ainda que o processo em que ele é arguido, e o processo de José Sócrates, são similares. Nisso, concordo com Carlos Cruz. São de facto similares. São os dois culpados.

Mudanças

Enquanto estive ausente dos blogs, algumas coisas mudaram:

- Voltei a ser morena. Durante muitos anos tive o cabelo pintado de loiro, mas sou morena natural. Sinceramente não sei qual dos visuais gosto mais, acho que há alturas para tudo, mas este sempre dá menos trabalho de manutenção.

- Cada vez me importo (ainda menos...), com a opinião da generalidade das pessoas. Façam-no, é libertador.

- Trocámos de carro. Os dois. Um mais novo, um mais velho.

- Recusei duas ofertas de emprego. Acredito que o caminho não era por aí.

- Tive de ir passar uma noite ao hospital, com direito a ir de ambulância e tudo. Mas agora já estou bem.

- Deixei de beber refrigerantes às refeições à semana. Para algumas pessoas isto já é regra e não custa nada, mas para mim custa-me horrores, que adoro tudo o que seja porcaria com açúcar.

- Ando a morrer de cansaço, não sei como vou chegar ao Verão.


quarta-feira, 23 de março de 2016

Digo-lhe todos os dias que o amo

Assim ele nunca se irá esquecer.
Nem ele, nem eu.

Update

Vida a mil.
Trabalho média de 14h dia.
Sinto que estou a falhar em toda a linha como mãe e esposa, não tenho tempo para eles, muitas vezes trabalho também ao fim-de-semana e chego a casa sempre a horas indecentes.
Diz que vai valer a pena, que o verão está quase aí e a promoção é muito possível.
Espero para ver.
A minha "família"- lado da minha mãe, está a exigir cada vez mais de mim e eu não chego a todas. Com o bebé, o que eu pensei que ia melhorar, só piorou, pois o cerco cerrou, visto que querem tanto estar com ele que até o "abafam".
Cada vez mais tenho vontade de ter outro filho, o David precisa de um irmão, quero que ele cresça rodeado de amor e crianças, companheiros para a vida.
Tenho muito, muito medo deste mundo onde vivemos, e da formatação que os media nos querem fazer.
Ando a descobrir cada vez mais que tenho algum jeito para a cozinha.

E por aí?
Vou ver se me actualizo, que ando completamente por fora do que se passa no blogo mundo.

Ora deixa lá ver se ainda está alguém desse lado....

Vou tentar voltar, sim?

Desculpem... Isto por estes lados não anda fácil.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Novidades do David?

Está cada vez mais lindo, risonho, é normalmente dorme a noite toda. É um simpático e ri-se para toda a gente ao contrário da mãe. Já se arrasta, senta-se razoavelmente e ainda não tem dentes mas está sempre aflito. Continua a gostar de muitaaaa atenção e muito colinho!
Deveríamos ter pelo menos um ano de licença de maternidade...

Das semanas loucas loucas

Conciliar o emprego com a maternidade, é das coisas mais difíceis que já fiz na minha vida.
Sinto que estou sempre em falta com algum dos lados, e claro, é necessariamente a maternidade que fica a perder pois todo o tempo que passo com o meu bebe, é pouco.
Difícil, muito difícil.
Para facilitar tudo, tive semanas seguidas sem acesso à internet!

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Mesmo agora. Realmente a elegância, ou se tem, ou não se tem

Estava eu a chegar a casa, com o meu bebé no seu carrinho, carteira, poortátil e uma saca. Chave na porta do prédio, pegar no carrinho, sempre com a ginástica a que já me habituei. Encostadas a uma das paredes ao lado da porta do prédio, estavam as duas empregadas de limpeza que fazem a limpeza das áreas comuns do edifício. Abriram-me a porta? Perguntaram-me se precisava de ajuda? Nada de nada.
Eu estou habituada, felizmente não preciso de ajuda para esta tarefa. Mas podia ser que alguém, noutra situação, precisasse. Mas as senhoras nada, lá estavam elas na sua converseta sobre "A Única Mulher". Muito mais importante.
Se as senhoras me perguntassem se eu precisava de ajuda, eu iria certamente dizer que não (talvez para me abrirem a porta teria dado jeito). Não é o efectivamente precisar de ajuda, porque como disse, felizmente, não preciso, trata-se sim do gesto, do cuidado, da atenção para com os outros.
Realmente a elegância quando nasce, não é para todos.

Toda a verdade sobre os empregados de café/snack bar/restaurante ranhoso

Eles acham-se superiores a todas as outras pessoas, não acham?
Ainda não conheci um, UM, que tivesse um comportamento adequado, normal, correcto.
Estão constantemente a mandar piadinhas (sem graça nenhuma), a fazer observações inadequadas e às vezes mesmo grosseiras. A polidez não costuma ser o forte da maior parte das pessoas desta categoria profissional com quem já me cruzei.
A típica piado do "queria, já não quer?"... confesso que não tenho paciência.
Quando estava grávida, já em final de tempo, ouvi um elegante "a menina daqui a nada rebenta, veja lá se consegue passar na porta".
Noutro dia, ao almoçar numa esplanada, o empregado dirigiu-se a mim como "o que vai ser jeitosa?". Epa... Fiquei logo com vontade de me ir embora.
Hoje, ao ir buscar pão num café, pedi dois pães normais "escurinhos". Ao que a senhora do café me diz "não! Não são escurinhos, são tostadinhos"? Eu ri-me e perguntei qual era a diferença. A senhora diz-me que fazia toda a diferença... Eu encolhi os ombros, não vale a pena.
Outros dirigem-se a mim com um aceno de cabeça, ou, na loucura com um "faz favor". E bom dia? Paga imposto?
Numa outra ocasião, um funcionário, procurando chamar-me, fazia "pssst, pssst". Não olhei, foram outros clientes que me alertaram.
A sério, o que se passa com esta categoria profissional? Porque é que, invariavelmente, eles acham que nos estão a fazer um favor?
Todos os meus amigos e conhecidos sentem o mesmo, que o mau atendimento grassa por este Portugal fora. Portanto, o problema não deve ser só meu...


É impressão minha ou o Calvin Harris melhorou muitooooo?


Antes


Depois



Fica à vossa consideração.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A verdadeira elegância

Não está na roupa ou acessórios de marca.
Não está numa conta bancária recheada ou num bom carro.
Nem sequer está na nosssa rede de relações.
A verdadeira elegância ou se tem, ou não se tem. É ensinada e cultivada ao longo do tempo.
É deixar uma senhora passar primeiro, por exemplo. É abrir-lhe a porta, é ter cuidado com os mais novos e os mais velhos (sim, referência a Paulo Portas), é preocupar-se com o bem estar dos que estão ao seu redor.
É uma forma de ser e de estar.
Eu cresci rodeada de brejeirice, de mau gosto e maus modos. Mas adoptei a elegância como parte de mim, e farei questão de a ensinar ao meu filho, pois um homem elegante não tem preço.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Não sei se isto é castigo, se é merecido, se é injusto... Não sei. Sei que é triste

Soube de uma história que nem sei como classificar. Só sei que é triste.
Disse-me uma amiga minha, que uma amiga dela, está a passar um mau bocado. Ao que parece, essa rapariga engravidou há uns tempos e fez um aborto (já legal). Na altura, o já marido dela discordou do aborto, queria manter o bebé, mas ela foi irredutível. Ainda que ambos trabalhassem, ela estava a atravessar um momento especialmente bom na carreira, e não quis por em perigo a sua progressão profissional, em virtude de uma gravidez não planeada. Ele não concordou, até se chegaram a separar pois o aborto foi mesmo para a frente, mas voltaram a ficar juntos.
Anos depois, eles decidiram ter filhos, desta vez planeados, visto que a carreira estava já estabilizada, mas infelizmente, já estão a tentar há cerca de 3 anos e ainda não conseguiram.
Não sei bem o que pensar. Claro que uma mulher pode e deve decidir o momento em que quer engravidar, mas... Até que ponto não terá sido egoísta não prosseguir com a gravidez naquela altura? Não sei. Não sei mesmo. É um assunto muito delicado. Importa referir que ela agora tem 38 anos, e tinha 32 quando fez o aborto, ou seja, não era propriamente "novinha". Será que não arriscou demais, confiando em demasia na sua própria fertilidade, não pensando que poderia ser mais difícil engravidar à medida que os anos passavam?
Não sei.
Sei que, sobretudo agora que sou mãe, dificilmente teria tomado a mesma decisão. Não a posso criticar, mas também não posso dizer que ela esteve certa.
Sei que é a história é toda muito triste.

E vocês? O que pensam? O que fariam?

A noite em que o meu bebé foi dormir para o quarto dele

Foi esta noite.
Tencionávamos que ele ficasse no nosso quarto pelo menos até perfazer 6 meses, mas temos um daqueles berços pequeninos, do género Next to me da Chicco, e nos últimos dias, o nosso bebé deu um salto em termos de crescimento, pelo que de manhã já o encontrávamos com as perninhas dobradas.
Assim sendo, achámos que ele estava a ficar desconfortável e precisava de mais espaço, por isso esta noite já dormiu no quartinho dele.
Estranhou (o meu filho é avesso à mudança, só pode, também demorou a comer bem a sopa, e ainda está em adaptação à papa), e acordou às 4h, só adormecendo de novo às 5h, portanto estou aqui com uma moca de sono que nem é bom. Mas depois dormiu bem e tivemos de ser nós a acordá-lo (parte-me o coração quando isso acontece). Acontece que como ele tem espaço, estava todo de lado, com a cabeça encostada ao protector de berço, e todo descoberto. Penso que poderá ter ficado com frio... Nós tapámo-lo bem, mas ele arranja sempre maneira de ficar sem os cobertores. Alguma sugestão para isto não acontecer?
E protectores de berço? Já li que não são muito aconselháveis (o que temos é só mesmo um paninho, nada de muito grosso nem volumoso), mas qual é a opção, deixá-lo bater com a cabeça nas grades?!
Sugestões aceitam-se.
Apesar de ele ter acordado a meio da noite, acho que me custou mais a mim do que a ele...

Direito a dispensa para amamentação ou aleitação

Como falei noutro post sobre a questão da redução horária, e como sei que existem algumas dúvidas sobre esta questão, vou colocar aqui o que diz a lei:





Legislação: artigos 35º, nº 1 i), 47º, 48º e 65º da Lei 7/2009 de 12.02

Conteúdo: direito da mãe que amamenta o filho a ser dispensada do trabalho para o efeito e durante o tempo que durar a amamentação.

Nota 1: No caso de não haver amamentação e desde que ambos os progenitores exerçam actividade profissional, qualquer deles ou ambos, consoante decisão conjunta, têm direito a dispensa para aleitação, até o filho perfazer um ano.

A dispensa diária para amamentação ou aleitação é gozada em dois períodos distintos, com a duração máxima de uma hora cada, salvo se outro regime for acordado com o empregador.

No caso de nascimentos múltiplos, a dispensa diária é acrescida de mais trinta minutos por cada gémeo além do primeiro.

Se qualquer dos progenitores trabalhar a tempo parcial, a dispensa diária para amamentação ou aleitação é reduzida na proporção do respectivo período normal de trabalho, não podendo ser inferior a trinta minutos. Neste caso, a dispensa diária é gozada em período não superior a uma hora e, sendo caso disso, num segundo período com a duração remanescente, salvo se outro regime for acordado com o empregador.

Condições: No caso de dispensa para amamentação, a trabalhadora comunica ao empregador com uma antecedência de dez dias relativamente ao início da dispensa. Se a amamentação se prolongar para lá de um ano, deve apresentar atestado médico.

No caso de dispensa para aleitação, o progenitor deve comunicar ao empregador com uma antecedência de dez dias relativamente ao início da dispensa, apresenta ainda declaração conjunta, declara qual o período de dispensa gozado pelo outro progenitor (se for caso disso) e junta prova de que o outro progenitor exerce actividade profissional (e caso seja trabalhador por conta de outrem, prova de que informou o respectivo empregador da decisão conjunta).

Efeitos: a dispensa para amamentação ou aleitação, não determina a perda de quaisquer direitos e é considerada como prestação efectiva de trabalho (artigo 65º, nº 2).

Em suma, qualquer um dos progenitores tem direito à dispensa das 2h diárias, sendo que o horário em que essa dispensa irá acontecer, será combinado entre o trabalhador e a entidade empregadora. Existe a necessidade de avisar sobre esta dispensa, com 10 dias de antecedência. Independentemente de estarmos ou não a amamentar, temos direito à dispensa diária até o bebé perfazer um ano.

No meu caso, como o meu trabalho funciona por projectos, nem sempre me vai ser possível usufruir desta dispensa. Efectivamente, a minha empresa vende as horas que irá demorar o projecto a ser concluído, à empresa cliente, o que implica que se eu tiver uma semana para concluir o projecto, terá de ser mesmo feito em uma semana. Pelo que se vou usufruir das horas... Depende.
A ver vamos.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Restantes mamãs, eu queria mesmo saber

Se isto de estar a fazer um esforço enorme para não chorar, disfarçando as lágrimas nos olhos, vai acontecer todas as segundas, ou se passa.
O meu bebé é demasiado pequenino e eu saio demasiado tarde.

O drama dos sapatos

Como já vos disse, os meus pés cresceram com a gravidez, e sinceramente duvido que encolham, uma vez que o miúdo já tem 5 meses.
Ora, eu sempre detestei comprar sapatos, mas agora a situação está muito pior.
De 40 passei a calçar um 41, que não me serve em todos os modelos.
Acontece ainda que eu tenho um pé comprido e muito magro, e tenho imensos problemas de pés, pelo que não posso calçar qualquer sapato, e alguns sapatos que me ficam bem no comprimento, ficam-me a boiar. Portanto, a tarefa é árdua.
Para ajudar à festa, este ano, a moda recai sobre botins (é este estilo de sapatos que preciso de comprar), sem fechos, ou seja, à cowboy, que pessoalmente gosto muito, mas em termos funcionais não resultam no meu pé.
Enfim, uma canseira.
Qualquer dia desisto e venho trabalhar de sapatilhas.
Tenho dito.

Bonito paradoxo

Normalmente, as pessoas que mais se queixam do governo, do estado do país, da presidência da república, etc., são precisamente aquelas que não fazem intenções nenhumas de ir votar.
Bonito.

Hate Mondays

Nunca gostei da segunda-feira.
Agora, sendo o dia que me separo do meu bebé depois de um fim-de-semana juntos, pior ainda.
É muito duro.
Estou sempre a pensar nele.
E incrivelmente, tenho saudades de estar grávida. No ano passado estava grávida e ainda não sabia.
Aiiii... Passa depressa segunda-feira!

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O susto da minha vida

Passei boa parte do início da manhã lavada em lágrimas.
Foi um susto, acho que já está tudo bem. Acho.
Vou descrever aqui no blog o que se passou, de modo a servir de alerta para todos os outros pais ou futuros pais, para que possam evitar e nunca aconteça convosco. Não desejo a ninguém.

Hoje, o meu bebé acordou às 6h45 da manhã. Troquei-lhe a fralda, dei-lhe o leitinho, e após o biberão vi que estava a fazer força para fazer cocó. Depois de arrotar, coloquei-o na parte mais funda do chaise longue, ou seja, na parte entre o L e o início so sofá, o mais afastado possível da extremidade, como já o fiz em tantas outras ocasiões. A outra fralda e o creme barreira estavam mesmo ali ao lado, na malinha dele, só tinha de me virar por um segundo. E foi isso que bastou, um segundo. Já estão a ver, não é?
Eu virei-me e foi o segundo mais aterrador da minha vida, pois só tive tempo de ouvir um baque no chão, uma pancada seca, seguido do grito de dor e susto do meu filho. Pensei que ia morrer quando rapidamente me viro e o encontro no chão, de barriga para cima, e a chorar em aflição. Eu já sabia que ele se virava. Mas não imaginava que já conseguia rebolar, e ainda por cima tão depressa. Foi um segundo. Um segundo aterrador.
Felizmente, para já, não tem qualquer hematoma, ou indícios. Liguei de imediato para a saúde 24 (ele rapidamente se acalmou), mas a minha vontade era logo pegar em tudo e zarpar para o hospital. Na linha lá me acalmaram, disseram que como a queda foi muito pequena (30cm), certamente não terá nenhuma consequência para além do susto, pediram-me para lhe mexer na cabeça, nas costinhas, e não me pareceu que ele estivesse a sentir dor.
Disseram-me para ficar atenta nas próximas horas, caso ele durma mais do que o normal, ou vomite em jacto mais de 2 vezes, que aí sim, convém levá-lo a um hospital, mas que para já, não terei, em princípio, qualquer razão para me preocupar.
É claro que estou preocupada... Mas o meu coração de mãe diz-me que não foi nada. Não foi, mas podia ter sido. Eu não imaginava que o meu bebé já conseguia rebolar tão depressa.
Bem dizia a enfermeira do meu curso pós parto, que os bebés nos surpreendem e todos os dias aprendem a fazer coisas novas. Eu aprendi da pior forma, que ele já consegue rebolar.
Da saúde 24 ficaram de ligar mais logo à noite, para saberem como está o meu bebé.

Ele sorri, come normalmente e parece-me bem.
Já eu... Fiquei a sentir-me um caco.
Agora eu já sei. Quando tiver de me virar, nem que seja por um segundo, o menino ficará no chão (no seu tapete), no parque, no berço, ou na espreguiçadeira com os cintos.
Não aguento outra destas.
Desculpa meu bebé.
Não facilitem. A sério. Pode ser só um susto, mas pode ser algo mais grave, e acreditem que não querem ter esse peso na consciência.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Deixem-me rir...

Ligam-me de uma empresa de recrutamento. Viram o meu perfil no Linkedin e têm interesse.
Dizem-me que é para a função de analista de crédito. Ok, posso ouvir o que têm a dizer. Horário das 8h45 às 16h45. Um luxo. Digo que tenho interesse. Pedem os 5 anos de experiência que já tenho. Pedem domínio de línguas e excel. Tudo certo. Começo a entusiasmar-me.
Salário... 600€. Brutos.
Não brinquem comigo.

Alegoria da Cenoura

A melhor imagem que tenho para vos explicar isto, é pensarem que são um coelho e que têm à vossa frente uma cenoura, quase quase ao vosso alcance. Ela está muito perto. Mas nunca a conseguem agarrar. Outros vão acenando com a cenoura, mas vocês não conseguem chegar a ela.
Perceberam a ideia, certo?
Foi mais ou menos isto. Disseram-me que fazendo isto ou aquilo, que iria ser promovida. Que convinha aguentar a trabalhar até ao fim, que convinha tirar só os 4 meses de licença de maternidade... Pois. Não fui promovida. Afinal não havia vagas para todos e eu como fiquei muito tempo longe da empresa... Não deu.
Continuando o bom trabalho, para o ano serei na certa.
Eu, para já, estou de pé atrás. Vou dar o meu melhor, como dou sempre, mas com a pulga atrás da orelha, pois apesar de eu gostar muito da minha empresa, estou neste momento a dar-lhe um voto de confiança, mas com cuidado, para não me desiludir.

Ssabendo o que sei hoje, faria certamente diferente. Claro que não ia ser menos profissional. Mas teria ido para casa mais cedo, descansar das minhas dores. Teria tido outra calma naquele momento, teria aproveitado mais a gravidez. Teria tirado os 5 meses de licença.
Mas nada disso importa agora, não é?
Agora é bola para a frente, para me tentar libertar do que eu teria feito e enfrentar a realidade com que me cruzo todos os dias.
Conselhos? Não façam como eu. Vivam a gravidez em pleno e tirem o máximo de tempo que puderem com os vossos bebés.
Eu acabei por ficar 5 meses com ele porque gozei a seguir à licença, todas as minhas férias do ano. Foram os melhores 5 meses da minha vida.
Se eu pudesse, tirava uma licença sem vencimento pelo menos até ele fazer um ano.
Mas não posso.
Tenho de continuar a tentar apostar no euromilhões, é o que é.

O que me irrita mesmo nisto do pós gravidez

Nem é ter ficado 4 semanas sem me poder sentar por causa dos pontos.
Nem são as 2 ou 3 estrias que ganhei de presente na barriga.
Nem é ter ficado uma chorona de primeira.
Nem é andar constantemente cheia de sono.
Não... O que me irrita mesmo nisto do pós gravidez, foram os meus pés que cresceram sei lá como e agora quase não tenho sapatos que me sirvam, e o facto de, ainda que me falte muito pouco para voltar ao peso pré gravidez, as minhas ancas alargaram de tal forma que algumas das minhas calças mais justas não servem.
Enfim, não há direito.

O gajo até pode ser parvo, mas depois faz estas coisas...


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O que eu queria mesmo

Era que me saísse o Euromilhões.
Mas ao contrário de antigamente, nem era para poder fazer viagens à volta do mundo, constituir uma empresa... Não.
Eu queria era poder passar todas as minhas horas junto de quem amo.
E depois... Depois logo se via, se viajávamos, se abriria uma empresa e criava postos de trabalho, se doaria a maior parte do dinheiro a causas sociais. Logo se via.
Mas para já, aproveitaria estes tempos com a maior das calmas, porque as horas passam devagar mas os dias passam a correr, e o meu filho já tem 5 meses, e eu era capaz de jurar que ainda ontem ele tinha 2 dias.

Um dia vão perceber

As minhas colegas e amigas não percebem ainda que sair a horas de gente é um conceito incompatível com sair após as 19h.
Elas não percebem que tenho demasiado sono para ir frequentemente para os copos.
Elas não percebem que se eu trabalhar mais do que 6h diárias, terei direito a horas extra, mediante as horas a mais que trabalhar.
OS meus/minhas colegas, não percebem que o trabalho é das últimas coisas em que penso ao acordar.
Eles não percebem que agora, mais facilmente me emociono perante histórias de crianças, animais, you name it.
Eles não percebem que tudo o resto passa a ter uma importância pequenina, pequenina.
Eles não percebem que a carreira não é tudo.
Eles não percebem...
Um dia vão perceber.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Post Anti Fashionista


A sério que me querem tentar convencer que isto é bonito...?

Portugueses pelo escritório

Existem alguns comportamentos típicos portugueses com os quais não me identifico. Estão muito longe da minha forma de ser. Agora que sou mãe, isso é ainda mais exponenciado.
Falemos no comportamento típico de escritório. Os diz que disse, os segredos, as conversas de corredor, as aparências que contam tanto ou mais do que a competência... Tudo isso me irrita e procuro fugir o mais possível. Mas nem sempre dá.
Uma das críticas que me fazem frequentemente a nível profissional é o facto de não me saber vender. Têm razão, não sei. O que é isto de não me saber vender? É não me dar com as pessoas certas, não ser amiga de x ou y porque convém, não mostrar mais do que aquilo que efectivamente sou. Realmente, sou péssima nisso. Mas entretanto fui alertada que, caso queira evoluir na carreira, terei de me esforçar um pouco mais para me vender. Bem sei que me vão dizer que estas coisas fazem parte, é mesmo assim, etc. Eu sei. Mas tenho muita dificuldade. Soa-me tudo a falso. E eu detesto falsidade.
Com a maternidade as minhas prioridades mudaram, a minha forma de ver o mundo, também. Apetece-me chegar à beira de algumas pessoas e dizer-lhes que há tão mais vida para além das intriguices de escritório, que há coisas tão mais importantes... Porém, enquanto as relações pessoais/de conveniência se sobrepuserem à competência, bem... Então tenho muito que aprender e dar da perna.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Sobre a final de ontem



Podes ganhar todos os Grand Slams que te apetecer. Podes ter 28 anos e estares na melhor fase da tua carreira, a jogar o melhor ténis da actualidade.
Podes.

Mas nunca terás 1/10 da classe deste senhor.


Diz que é um mal necessário

Trabalhar.
Acabou-se a licença. Acabaram-se as férias. O regresso ao trabalho está a ser tão difícil quanto eu previa. O princípe lá ficou com a minha sogra e o meu coração ficou com ele também.
Dizem que ser mãe é mesmo isto, viver com o coração fora do peito.
Não sei como serão os restantes dias, mas está a parecer-me que isto será sempre difícil.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

As cólicas

As cólicas são um assunto muito recorrente quando falamos em bebés até aos cerca de 3/4 meses de idade. Não, não são um assunto fantasioso, existem mesmo, e formam-se devido à acumulação de gases e imaturidade do intestino dos bebés. Por norma, ocorrem a partir das 3 semanas. No caso do David, foi precisamente a partir das 3 semanas que elas, as malditas, atacaram em força. Lembro-me de pensar, quando estávamos a chegar às 3 semanas e ele não mostrava ainda sinais de cólicas, que poderíamos ser uns afortunados, até porque ele sempre fez muito bem cocó. De um dia para o outro, tudo mudou. Tivemos dias e noites infernais. Sobretudo noites. Eles contorcia-se todo, coitadinho, vermelho, a gritar, notavam-se que eram gritos de dor, e eu aflita, já não sabia bem o que lhe fazer.
Ele gritava, franzia a testa, contorcia as pernas... E eu só queria tirar-lhe as dores e passá-las para mim. Mas não tinha como. O pediatra receitou colimil e vagopax (nenhum comparticipado, preparem-se, no mundo dos bebés, nada é comparticipado...), sendo que o último é apenas para usar em último recurso mesmo, pois é um relaxante muscular. Felizmente, ele foi tendo cada vez menos cólicas, até que desapareceram por completo. O que resultou connosco?
- Um frasquinho de colimil por dia;
- Massagens preventivas das cólicas- são mesmo isso, preventivas. Não resultam do dia para a noite, mas fazendo todos os dias, 1 ou 2 vezes por dia, nunca depois das refeições e nunca numa crise de cólicas, resultam a médio prazo. O David gosta muito.
- Biberões Dr. Brows- têm um sistema patenteado que ajuda a formação de ar no biberão (a verdade é que realmente nos outros biberões vejo mesmo as bolhinhas de ar e nos Browns isso de facto não acontece). Eu não posso afirmar com 1000% de certeza que foram estes biberões que tiraram as cólicas ao meu bebé, mas certamente não prejudicaram. Penso que terá sido a combinação destas 3 coisas.
Fica a imagem do biberão:

Outra coisa que ajuda o vosso bebé nas crises de cólicas?
Miminho, colinho, e muitaaa paciência.
Força. Vai passar.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

O bebé adormeceu, e agora?

Se são mães e o vosso bebé (ou bebés) são como o meu, este post é mesmo para vocês. O meu bebé, graças a Deus nosso senhor, dorme a noite toda. Sim, juro. Sem choros, sem treinos de bebés, sem dramas. Até tenho medo de dizer isto. Sobretudo porque no início ele já deu noites muitoooo más. Mas a partir de determinado momento, passou, literalmente de um dia para o outro, a dormir 5h seguidas, e a acordar a meio da noite apenas para comer. Esteve assim umas semanas. Eu já achava isto espectacular. Até que... Começou a acordar às 7h, 8h... E eu fiquei maravilhada, que era bom demais para ser verdade. E pronto, há umas semanas que as nossas noites são assim, adormece normalmente entre as 23h e as 00h30, e acorda entre as 7h e as 9h.
Como vos disse, o livro "Os bebés também querem dormir" ajudou-me em muitas coisas, e o capítulo do sono é realmente dos mais pequenos. Porque quanto mais regulado o bebé estiver, melhor dormirá. Sem dúvida.
Ora, o que acontece agora, desde há uns dias para cá, é que o David já não dorme uns soninhos bons durante o dia. Penso que esteja a atravessar um pico de crescimento. Anteriormente, dormia pelo menos 1h30 de manha e 1h30/2h à tarde. E esses soninhos são muito importantes. Mas nos últimos dias, nada disso, só me faz 1 ou outro soninho de meia hora. E ao meu colo. Agora até estou admirada pois está na alcofa e ainda não começou a gritar.
Portanto o dilema é este: O bebé adormeceu, e agora?! Há tanto para fazer! Assim de repente vejo: A Bomboca de pijama e desarranjada, com um cabelo que mete dó; a casa que mete medo ao susto; roupa para tratar que este miúdo bolsa como se quisesse bolsar o mundo; comer; descansar; ver uma série que me interesse; fazer exercício... E tantas coisas mais! E o que é que eu acabo por fazer?! Fico a falar com amigas no facebook ou a olhar para a televisão... isto, quando o David não acorda no tempo em que eu vou ao wc e volto...
Aiii, vida de mãe.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O livro que eu acho que todas as grávidas e recém mamãs deveriam ler


Nem tenho palavras para dizer o quanto este livro me ajudou. A sério. Disse-me algumas coisas que eu já sabia mas precisava de validar, outras que desconhecia totalmente, e deu-me dicas para algumas situações. Ajudou-me a compreender melhor o meu bebé, os sinais que ele me transmite, o que ele me quer dizer. Porque na verdade é mesmo disso que se trata, de compreendermos o nosso bebé e estarmos em sintonia. Coincidência ou não, tudo passou a correr melhor depois de ter lido este livro, e ter encontrado essa mesma sintonia.
Dou-vos uma dica preciosa que encontrei neste livro: comprem uma bola de pilates. Será a vossa nova melhor amiga. Quando tudo o resto parecer falhar para acalmar o bebé, a bola de pilates fará milagres. Sentem-se em cima dela com o bebe no colo e saltem a um ritmo que acharem conveniente. Depois digam-me coisas.
Claro que à medida que o bebé cresce vão percebendo que os braços... Mas que ele se acalma, lá isso sim! Pelo menos resulta com a maior parte dos bebés. Para mais dicas, leiam o livro, que é mesmo muito bom.
Já tive oportunidade de agradecer pessoalmente à Constança por ter escrito este livro, e agora faço-o por aqui. Obrigada. Mesmo.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Concha

Porque raio alguém chama Concha a uma filha?! Expliquem-me... Não acham que é demasiado beto/pretensioso/parvo/sem sentido...?! E que tal búzio, não?
Bolas...

Digam lá a verdade, as pessoas não vão a concertos para ver e ouvir os concertos, pois não?

Ainda o meu bebé não mostrava sinais de estar doentito, eu e bomboco fomos ao festival marés vivas ver o meu amigo John Legend. Achei o concerto fabuloso, ele canta maravilhosamente (eu já sabia isso, apenas confirmei ao vivo), tem um charme e presença que não acabam, enfim, adorei, adorei, adorei. Mas há algo que tenho vindo a reparar ao longo dos anos, e creio sinceramente que está cada vez pior, que é o facto de as pessoas insistirem em andar de um lado para o outro durante os concerto. É uma coisa impressionante... As pessoas estão constantemente a andar de lado para lado, a solicitar passagem, empurram, pisam, distraem, estragam o momento da canção... E não aproveitam elas o concerto, nem todas as outras pessoas que não têm nada a ver com o assunto, apenas calharam de estar naquele local. Eu juro que no final do concerto já estava capaz de bater em alguém. Porque raio alguém vai a um concerto daqueles para estar a passar de um lado para o outro, já depois do concerto começar e ainda antes do mesmo terminar?! Acho mesmo que é uma falta de respeito para com o artista e para com as pessoas que ali estão para realmente USUFRUÍREM do concerto. É que não estamos a falar de uma pessoa ou outra que passa porque se atrasou a chegar ao concerto, ou precisa de sair, ou precisa de ir à casa de banho... Não. Estamos a falar de magotes e magotes de gente constantemente em movimento. Digam-me sinceramente, o que é que aquela gente vai para ali fazer? Eu lembro-me de ir a concertos, há muitos anos atrás, e de não passar por este flagelo, pelo menos de forma tão exagerada. O que é que aconteceu nestes anos recentes? As pessoas não podem simplesmente usufruir do momento? E os smartphones... Gente e gente a gravar a "all of me", se calhar a única música que conhecem do cantor (ao meu lado estiveram umas miúdas que não tinham mais de 18 anos, que estavam aborrecidas de morte o concerto todo, sempre a falar, e a dizerem que ele nunca mais cantava a "all of me".), em vez de aproveitarem aquele momento único e irrepetível. Aproveitem, deixem lá os ecrãs!
E por favor, não vão a concertos que realmente não querem ver. É penoso para vós, e para quem realmente quer apreciar o concerto.
É por estas e por outras que cada vez menos tenho paciência para festivais. Adicione-se o exagero das acções promocionais da treta e temos um cenário dantesco. Acho que havia mais fila para tirar uma selfie não sei onde, do que para as casas de banho.
Cada vez mais prefiro os concertos a solo das bandas, se houver lugares sentados, melhor ainda. Eu já não ia ao marés vivas há muitos anos. Se entretanto voltar a vir um artista que eu queira mesmo ver, não tenham dúvidas sobre onde me encontrar. Sim, nas cadeirinhas.
Ahhhhh, como eu entendo agora o prazer de ir a concertos com lugar sentado! Acho que desde que fui ao primeiro que não quero outra coisa. O hype dos festivais é muito giro. Mas o conforto dos meus pés e bem mais. Isso, e poder agarrar o meu marido numa música romântica sem levar um encontrão. Ahhhhh, que maravilha.

Nem sei que título dar a isto

Quando temos um filho doente, a preocupação assoberba-nos de tal forma que nem conseguimos pensar em mais nada. Felizmente, já está tudo a correr novamente pelo melhor. 
Não era nada de grave. Apenas uma coisita chata mas comum nos bebés. Só que este coração de mãe... Vocês sabem, não é?

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Metáforas da vida

Ir a casa dos meus familiares com o meu filho, é como deixar cair uma gota de sangue num mar infestado de tubarões.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Senhores do comércio de rua, vinde cá

Quem esmagou as vossas margens e os vossos lucros após impostos, não foram só o governo ou a Inditex. Não. Foram essencialmente os senhores. Isso.
Claro que com a existência de shoppings cujo interior está recheado de cadeias internacionais, a vossa vida fica mais dificultada. É preciso inovar. Ou então, mudar maus hábitos.
O tal emprego que eu desejaria hoje não ter trocado, situava-se no centro do Porto. Na minha hora de almoço, não havia dia quase nenhum em que, depois de almoçar, não desse uma voltinha pelas ruas circundantes. E o que via eu nesses pequenos passeios? As lojas de rua, invariavelmente, fechadas para almoço. E os shoppings? E as Zaras? Abertas, pois claro.
Bem sei que os funcionários dessas lojas também têm de almoçar. Mas assim na loucura, porque não fazê-lo numa hora diferente de todos os potenciais clientes, que necessariamente estão a fazer uma pausa, pois os escritórios fecham, etc? Tantas, tantas vezes que deixei de comprar isto ou aquilo porque a loja em questão estava fechada, e depois, na hora da minha saída, o mesmo acontecia.
Portanto, continuem. Continuem a fechar à hora de almoço, de preferência com 2h para almoço. Assim, todas aquelas pessoas dos escritórios circundantes, vão fazer as suas compras de impulso nas cadeias Inditex e demais.

Outra coisa gira que aconteceu recentemente na minha zona, foi a seguinte: Aqui onde moro há uma gelataria bastante boa e conhecida. Invariavelmente, o estabelecimento apresenta-se cheio de clientes. Ora, no último mês, a gelataria esteve fechada. Resolveram fazer obras. Sim, em vez de o fazerem em Janeiro ou Fevereiro, fizeram-no no pico do Verão. Faz sentido...

Falta de visão. É do que carecem essencialmente os típicos empresários portugueses.

Incrível como o sono muda tudo

Com 2 meses, o sono nocturno do meu filho voltou a piorar.
Está muito inquieto, acorda de 2h em 2h, ora porque quer comer, ora porque está sempre a querer por os punhos na boca e com isso inquieta-se e acorda... E também (é o que eu acho), porque o meu marido voltou ao trabalho esta semana e eles... Sentem tudo.
E eu... Quando não durmo, ressinto-me muito. Fico mais nervosa, com menos paciência... Mas é por um sorriso na cara sempre que possível, e pensar que vai voltar a dormir melhor.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Quando penso na situação Grega...

Lembro-me sempre daquelas figuras gigantes feitas com peças de dominó, que se modificam quando uma pequena peça de dominó bate noutra, e todas desabam por aí fora.

Butterfly Effect

Aí há uns anos trabalhei, como reforço de Verão, num determinado local. Gostei de tudo. Do emprego, da equipa, do salário e do horário. O Verão acabou e eu fui, de subsídio de desemprego, à minha vidinha. Arranjei emprego 15 dias depois. Um record até para mim, que sou esforçada no que diz respeito à procura de emprego. O emprego era similar, numa empresa concorrente, gostava do que fazia, gostava do horário e gostava do salário. Da equipa, mais ou menos. Até que chegou o dia em que me ligaram do outro emprego, aquele em que eu tinha estado. Era para fazer um estágio, possibilidades de efectivar muito fortes no final do mesmo, diziam eles, mas o salário era bastante menor. Informo a minha nova entidade patronal que tinha recebido outra oferta e que portanto me iria fazer à vida. Que gostava muito, sim senhor, mas lá ia eu. E então dizem-me que não, que aguardasse. Falam lá com os manda chuvas e dizem que me vão aumentar o salário, eu que não me vá embora, que me passam a efectiva em 6 meses. Mas eu já estava com a ideia fisgada no outro. E ao contrário do que dizia o meu marido, lá fui eu, ganhar 400€ (brutos) a menos, porque sim senhora, eu gostava mais do outro emprego.
Mas depois veio o resgate da Troika. E a efectividade que era certa, certinha, esfumou-se. E vim embora, sem sequer ter direito a subsídio de desemprego, porque o regime de estágio nessa empresa não obrigava a descontos para a Segurança Social.
Chorei 2 semanas. Só em apetecia meter-me num buraco. Todas as promessas em que tinha acreditado, foram-se. Soube que a pessoa que tinham contratado para me substituir lá na outra segunda empresa, efectivou. Hoje ainda continua lá, e ganha sensivelmente o dobro do que eu ganho actualmente.

Os anos passam e eu ainda penso nisso. Como seria a minha vida se lá tivesse ficado. Certamente teria um salário e ordenado melhores.
E arrependo-me até ao tutano.
E porque penso nisto? Porque quando disse, na minha empresa actual, que estava grávida, perguntei se isso iria condicionar o meu percurso profissional. Asseguraram-me que não, que o mesmo, só dependeria das minhas avaliações de desempenho. Como tinha andado a enviar cv's para tudo o que era sítio para fugir aquele emprego maravilhoso que tive onde nem recebia a tempo e horas o que me era devido (os leitores mais antigos devem lembrar-se das peripécias do meu anterior emprego, que se revelou mais uma excelente decisão profissional...), durante muito tempo recebi chamadas para entrevistas. Recusei sempre, algumas até ofertas firmadas, pois tinha sido referenciada por pessoas do sector. Sempre para ganhar ligeiramente mais. Nada de muito transcendente, nem de relevo, mas mais. Mas eu, grávida e de bem com a empresa, deixei-me ficar quietinha. Não ia agora mudar, cometer o mesmo erro outra vez. Ora, entretanto, o ano de trabalho acabou e as avaliações de desempenho sustentam a minha subida de escalão. Só que agora vêm-me com a conversa de que se calhar não há vagas para todos, e que eu, apesar de ter melhores avaliações do que alguns colegas, estive grávida e estou de licença, por isso há que dar primazia a colegas que estão na empresa há mais tempo e não estão de licença.
E eu penso na minha vida. Como seria se nunca tivesse mudado. Se estaria hoje mais feliz profissionalmente. E queria ter o poder de voltar atrás e corrigir aquela decisão, dizer que sim senhor, que aceitava ficar e receber mais, que gostava muito e agradecia a oportunidade.
Gostava de poder ter horário para sair, sobretudo agora, que tenho quem dependa de mim.

E penso que faça eu o que fizer, parece que as minhas escolhas profissionais são sempre as erradas.

Tantas, tantas ideias para posts

Mas não as aponto, e depois quando finalmente tenho tempo para vir aqui, não há uma de que me lembre.
Bonito.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Ser mãe é... #2

Ficar felicíssima por ver cóco.

Há dias assim, em que me apetece chorar

Nem sei se me apetece chorar de alegria, de tristeza ou lá o que é. Só sei que nunca fui tão feliz em toda a minha vida como fui nestes últimos 15 dias. Foi o segundo período de licença do meu marido, e aproveitámos muito. Passámos uma noite só os dois, foi muito bom e estávamos a precisar. O menino cada vez chora menos e já ri que se farta. Somos uma família muito feliz. E por isso mesmo, agora que o meu marido vai voltar a trabalhar, sei que esta harmonia termina, para dar lugar os dias em que o tempo em família é curto, e em que as noites são mais mal dormidas.
É o motivo pelo qual me apetece chorar.
Vai ser bonito quando for a minha vez de voltar a trabalhar. Vai vai.

sábado, 27 de junho de 2015

Dos maridos que ajudam

Temos tendência a nos agregarmos com outras pessoas com características semelhantes às nossas. À custa da minha nova condição de mãe, tenho conhecido igualmente outras recém mamãs, quer através de consultas de pediatria, centos de saúde, etc.
Ora, não são raras as vezes em que algumas dessas mulheres que agora são mães, vão confidenciando que os maridos "até ajudam com o bebé" ou "até ajudam em casa". Ajudam com o bebé? Mas o bebé não é também filho deles? E a casa? É apenas da mulher? São estes micro machismos que continuam a vigorar na nossa sociedade. O quão sortudas elas são, porque os maridos "até ajudam". Deixem-me dizer-vos um segredo: é suposto eles fazerem o mesmo que vocês. Sim, juro. Os homens não têm qualquer limitação genética para cuidar de um bebé ou de uma casa. Todos deverão repartir as tarefas. E claro que, como em tudo, há tarefas que poderão ser melhor desempenhadas pelos homens, outras pelas mulheres, conforme os nossos gostos e habilidades. Contudo, o suposto é eles "ajudarem". Tal como nós os "ajudamos".
Mas estes são os bons maridos. Os que se gabam de ajudar em casa.
Nem me façam falar dos que não mexem uma palha. Dos que não trocam uma fralda ou dão um biberão. Desses, nem me façam falar senão fico mal dos nervos.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Isto não está ao abandono, eu juro

Apenas as minhas mãos estão invariavelmente ocupadas. Isto da maternidade é coisa para nos alterar de tal forma as rotinas, que quando não estamos com um adorável bebé nos braços, há sempre coisas para fazer, nomeadamente tomar banho, colocar maquilhagem suficiente para não nos assemelharmos ao abominável homem das Neves, fazer uma refeição, dormir... Enfim, um conjunto de prioridades que nem sempre incluem ligar o computador. De qualquer das formas, todos nós já estamos mais habituados às novas rotinas, rotinas essas que são nossas e de mais ninguém. E apesar de eu não gostar muito de elaborar posts através do smartphone, acho que será a forma mais eficiente de tentar que o blog não esteja de todo abandonado.

De resto, por aqui, estamos todos óptimos. Tirando o cansaço, claro, o pequeno David cresce a olhos vistos, está muito bem, come bem e começa a dormir muito melhor à noite. Chora muito menos ao logo do dia, já quase não tem cólicas e está, normalmente, bem disposto.
Há pouco tempo deu o seu primeiro sorriso intencional. Estávamos os dois sozinhos em casa, eu estava a mudar-lhe a fralda e de repente... Ele sorri. Mas não foi um esgar, um reflexo. Todo ele se iluminou, sorriu com vontade e eu soube que sim, o meu bebé tinha acabado de sorrir para mim. Não é preciso dizer que quase morri de emoção, pois não? Quero ver quando ele começar a andar ou a falar... Estou para ver.
É oficial, transformei-me numa chorona. Sim, a típica mãe que chora por tudo e por nada, que dá 300 beijos ao filho só para ir ao supermercado... Pois. Sou eu.

Ser mãe é... #1

Aprender a apreciar comida morna.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

As coisas que se aprendem, em andando nisto dos blogs

Pelos vistos, quem gosta de futebol é acéfalo.
Está bem então...

Coisas absurdas que as pessoas dizem

Eu gostava que me explicassem o motivo pelo qual algumas pessoas acham que podem mandar bitaites não solicitados a mulheres que acabaram de ser mães. Para além dos familiares e amigos, cujos comentários eu normalmente respondo com uma boca ou reviro os olhos e ignoro, tenho reparado que pessoas que eu não conheço de lado nenhum, não se coíbem de efectuar comentários sobre o meu filho e a maternidade em geral. E quem são essas pessoas? Pois é, adivinharam, pessoas idosas. Eu não percebo, a sério que não. Eu devo ter um íman que atrai tudo quanto é velho chato, maluco, presunçoso, intrometido. Já o Bomboco diz que não percebe como é que eles vêm todos ter comigo. Eu acho que as pessoas de idade chegam a uma fase da vida em que já não têm filtros. E então começam a dizer tudo o que lhes apetece, apropriado ou não. Para além disso, antigamente, as pessoas achavam-se no direito de dizer as maiores barbaridades, adicionando ao facto de essas pessoas serem, normalmente, pessoas com baixa escolarização e nível de cultura geral, o que conduz a que muitas vezes acabem por cair nos ditos populares sem qualquer fundamento.
Sempre que saio com o miúdo à rua, sei que, para além das fraldas e restante parafernália infantil, tenho de levar também comigo uma boa dose de paciência. Partilho convosco alguns dos melhores comentários recebidos até hoje, de gente que, sublinhe-se, eu não conheço, nunca vi mais gorda, e não pretendo conhecer (tudo dito por idosos):

- A propósito de uma saída ao início da noite, em que estávamos eu, o miúdo, e Bomboco, sendo que eu ia a empurrar o carrinho. Velhota "aiii menina, agora a noite não convém ser a menina a empurrar o carrinho! Tem de ser o pai!" Perante a minha cara de estupefacção, diz a velha "diz que não é bom!". Pronto, sendo assim fico mais esclarecida.

- Na sala de espera do hospital, em que o miúdo já tem um mês, recebo o seguinte comentário "que menino tão lindo! É prematuro?" Eu respondi que não. Diz a velhota "ah, mas parece". Respondo eu que nem tudo o que parece é, e a velha cala-se. Refiro apenas que nesse mesmo dia, o puto media 54cm, e pesava 4,700kg. Grandinho, o prematuro.

- Na farmácia, em que o miúdo estava um pouco aborrecido e a resmungar, vira-se uma senhora de idade "menina, isso deve ser vontade de ver as luzes, dê cá que eu pego nele". Só lhe respondi "não".

- No shopping: "tão lindo! É adoptado?" Nem respondi. Fiquei com cara wtf.

- No centro de saúde: "posso pegar? É que eu nunca tive filhos". "Não".

- Ainda no centro de saúde: "ai coitadinho, está a dormir aqui com este barulho... Deve ser surdo!".

- Na padaria, ao fim da tarde: "menina, tem de por uma agulha debaixo do carrinho, senão não pode sair com ele tão pequenino".

- Novamente no centro de saúde, quando ele foi fazer o teste do pezinho, e eu tinha saído do hospital há 2 dias, mal me podia mexer: "com o menino tão pequenino já está grávida de outro?".

Digam-me, dá para aguentar? Que falta de chá, de tudo. Depois queixam-se que eu tenho mau feitio...


terça-feira, 2 de junho de 2015

Vou tentar voltar, aos bocadinhos- Resumo dos últimos dias

Desculpem-me. Não falecemos, não nos aconteceu nada de mal.
Apenas me calhou na rifa um bebé que não é come e dorme e não gosta de estar acordado sem ser a pedir atenção.
Há dias mais fáceis do que outros. Parece que se chamam "high need babies", sei lá eu. Só sei que os primeiros tempos da maternidade são duros, muito duros. O meu marido já está a trabalhar há quase um mês (é completamente incompreensível o pouco tempo de licença do pai. Se querem fazer algo pela taxa de natalidade deste país, mas algo a sério, a primeira coisa que têm a fazer é aumentar as licenças parentais pagas a 100%. Isso sim seria uma medida com impacto nas vidas das famílias.), ou seja, estou por minha conta.
Não tenho ajudas da minha família, não tenho primos nem irmãos, e os meus sogros vão ficar com o miúdo quando eu for trabalhar, mas não têm saúde para me andar a fazer o que eu realmente precisava nesta fase, que é tratar da casa, fazer recados, etc. etc.
Há dias em que me sinto esgotada. Hoje é um deles. O miúdo não dormiu nada a noite toda, e apenas adormeceu agora (vamos ver por quanto tempo).
Há dias em que consigo tomar um duche, mas normalmente tenho de esperar que o Bomboco chegue do emprego. Quando ele chega, a nossa rotina é ele tratar do bebé, eu a fazer o jantar e arrumar a cozinha, depois se o puto não estiver a chorar (está quase sempre, a essa hora), vemos um bocado de televisão e pomos a conversa em dia antes de lhe darmos banho e a última refeição da noite. O meu marido já não se deita depois das 23h30, e eu, deito-me quando dá.
Amo este miúdo mais do que tudo, mas sem ajudas, não é fácil. De vez em quando lá o deixo com os meus sogros e vamos dar uma volta. Mas até agora só fizemos isso duas vezes. Penso que teremos de começar a fazê-lo mais vezes, quer para sairmos juntos, quer durante a semana, para eu descansar. A bem da nossa relação e da minha sanidade mental.
Mas quando penso nisso, em deixá-lo, e apesar de saber que ele fica em excelentes mãos, não sei o que me dá, parece que algo me impede. Não sei se é a ansiedade da separação, se é o medo de que os meus sogros me achem má mãe, se é tudo junto.
Não sei.
Sei que há dias em que estou esgotada e hoje é um deles.
É lindo ser mãe. Mas é duro.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Vou contar-vos um segredo, mas não digam a ninguém...

Muitas, mas mesmo MUITAS mulheres têm problemas com a amamentação. Mas escondem-no. A pressão que nos é feita assim o exige.
Infelizmente, para muitas de nós a amamentação não é inata, e em alguns casos, nem sempre é possível, ao contrário do que as fundamentalistas nos querem fazer crer.
E depois sentimo-nos culpadas, claro...

terça-feira, 12 de maio de 2015

Maravilhas da maternidade #1- Sim, eu também falo de amamentação

Vou falar sobre o tema que é, muito provavelmente, o mais polémico no que respeita à maternidade (pelo menos nos primeiros tempos de vida do bebé): a amamentação. Este tema, que faz com que pessoas aparentemente saudáveis percam a cabeça e tenham instintos estranhos, quais seitas religiosas levadas ao extremo.
Importa referir que eu sou defensora da amamentação. Acredito piamente que o leite materno é, regra geral, o melhor alimento para o bebé nos primeiros meses de vida. Mas não sou defensora da amamentação a todo e qualquer custo. Eu sou defensora da amamentação quando esta se revela a melhor solução para mãe e bebé. Quando não, existem outras alternativas.
Existe actualmente na sociedade, uma pressão desmedida para que uma mulher dê de mamar. Uma mãe que não dá de mamar à sua cria, é, automaticamente, má mãe. Não importam os motivos. As mães topo de gama dão de mamar até aos 6 anos e se for preciso, com mastites, mamilos gretados, lágrimas e peito em sangue. Sangue, suor e lágrimas, literalmente.
Os hospitais incentivam a amamentação quase ao exagero. Uma rapariga, num quarto ao lado do meu, decidiu que não queria dar de mamar, já tinha essa ideia bem estruturada. Pois que uma das enfermeiras só faltava bater-lhe. As pessoas têm de ser livres de tomar as decisões que acreditam ser as melhores para si e para os seus. A rapariga foi informada (estiveram com ela enfermeiras a explicar-lhe os benefícios do leite materno, etc etc), portanto, fez a sua escolha.
Mas vou contar-vos o meu caso. Antes de mais digo: preparem as pedras. Eu não dou de mamar, actualmente, ao meu filho.
Conto-vos a minha experiência. Na noite anterior ao meu parto eu não dormi nada de nada. A azia e a falta de posição para dormir estragaram-me o sono nas últimas duas semanas de gravidez. É lixado este paradoxo, que é o facto de quando estava grávida, no final do tempo, podia dormir mas não conseguia, agora, consigo dormir mas não posso. Adiante.
O meu trabalho de parto durou desde as 14h até às 23h, que foi quando o meu bebé nasceu. Sempre com epidural, claro está. Não dormi durante esse tempo. Sempre que estava para adormecer, vinham ver-me a dilatação ou reforçar a epidural, ou tirar as tensões.
Tendo em conta o tempo que me demoraram a coser, etc, eu só fui para o quarto por volta das 2h30. Cheia de dores, pensava eu que iria conseguir dormir um pouco, que estava completamente exausta. Puro engano. Tentam por o miúdo a mamar novamente (já tinha mamado um pouco na sala de partos). Ele nunca fez boa pega, apesar dos muitos (IMENSOS) esforços meus e das enfermeiras. Depois adormecia no peito. Toca de acordar. Suplício novamente. Mas eu estava disposta a tudo. Fazia tudo o que me diziam, by the book. Mas o miúdo continuava a pegar mal e a gritar a bom gritar de fome. Perdeu peso (é normal nos recém nascidos, mas tem de ser monotorizado). As horas e os dias passavam-se nisto. Eu não dormia e ele também não. Estávamos ambos exaustos e eu, que nunca senti o peito a endurecer e não o via a engolir, comecei a achar que algo estava mal. Peço a bomba para ver se consigo extrair leite. Nada. Meia hora de bomba e nem uma gota de leite. Percebi finalmente o problema.
Saídos do hospital, fiz tudo o que me aconselharam as enfermeiras: comprei uma bomba eléctrica, pus sempre o miúdo ao peito apesar da pega não ser boa e ser um martírio para ele e para mim para tentar estimular a produção de leite, tomei promil, tomei syntocinon, tirava leite à bomba, eu sei lá. Mesmo na bomba, às meias horas, nunca consegui extrair mais de 30ml no total. Cada vez parecia ter menos leite. Vieram enfermeiras a minha casa para me ajudar. Elas confirmaram o que eu já sabia. A minha subida de leite tinha sido muito fraca, e eu não tinha leite. Continuar a tentar só ia aumentar o meu desespero e o dele. Eu, que estava genuinamente afectada por não conseguir dar de mamar, que só me apetecia chorar e me sentia uma incompetente, respirei finalmente. Havia mais mulheres com o mesmo problema que eu. Eu fiz tudo o que podia e o que não podia para amamentar o meu filho. A culpa, sempre a culpa, que me perseguiu durante estas semanas, estava finalmente a desvanecer-se.
E depois percebi que a culpa que eu sentia era uma imposição que me faziam. Eu TINHA de dar de mamar ao meu bebé, afinal, todas conseguem. Porque raio eu não conseguia?
Ou ainda melhor, como uma enfermeira me disse "tem de tentar ter leite". Pois... É porque eu estalo os dedos e pumba, jorra leite! Enfim.

Esta questão da amamentação mexeu muito comigo. Não ter leite, andar a tirar à bomba para estimular, andar a obrigar o miúdo a mamar em vácuo também para estimular... Eu não fazia mais nada a não ser andar em volta das minhas mamas. Tenho noção que nas primeiras semanas não curti o meu filho e o meu marido em pleno. Tudo girava em torno da amamentação. E quando finalmente me resignei que não tinha leite nem iria ter, as coisas começaram a correr melhor e eu deixei de ter vontade de me enfiar num buraco a chorar.
O David é alimentado agora a biberão, e está finalmente a ganhar peso, e eu estou finalmente a sorrir quando chega a hora da alimentação, e não a chorar.
Portanto, de consciência tranquila e em paz comigo própria, sei hoje que definitivamente, a amamentação nem sempre é possível (ao contrário do que muitas apregoam por aí), e nem sempre é a melhor solução para mãe e bebé.
Mais vale um biberão dado com serenidade e carinho, do que uma mama dada com stress, dor e tristeza.
Curtam os vossos bebés. Isso sim, é o mais importante.