sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Os que querem, à força, ser betos

Não morro de amores por betos, confesso. Mas, para mim, piores ainda são aqueles que, não sendo sendo betos, fazem todo um esforço sobre-humano para se comportarem como tal, pondo-se em bicos de pés para "ascender" a esta categoria.
Dou um exemplo: Conheci uma flausina que em conversa me disse que morava na Foz (no Porto). Calhou um dia de ter de ir buscá-la a casa, e eis que lhe peço a morada e era... Perto rotunda da Boavista. Ou seja, não era na Foz nem tem nada a ver com a Foz. Mas a senhora fala à fozeira. Quer vestir à fozeira e diz que mora na Foz. Disse-lhe que então afinal não morava na Foz, ao que fulana me responde que não senhor, que aquela zona onde ela mora é Foz, que ela é que sabe e sempre foi da Foz toda a sua vida.

E eu decido que não lhe digo mais nada pois não gosto de ser destruidora de sonhos.
Mas expliquem-me, porque motivo uma pessoa acha que morar no sítio X ou Y a torna melhor? Que isso a define? As pessoas que se põem em bicos de pés, mentem, só para "pertencerem"... Sinceramente não entendo.
Mas também não deve ser para eu entender, pois eu não sou da Foz.


Nota: No Porto, a zona da Foz é a zona à beira mar, e considerada a mais chique e beta da cidade. Falar à "fozeiro" é ter um sotaque carregado de tiques e jeitos próprios dos betos (semelhante aos de Cascais). A Boavista não é Foz. Fica noutro local da cidade. É uma zona muito bonita, pelo menos na maioria dos locais, e é também uma zona nobre. Mas não, não é a Foz.

1 comentário:

GATA disse...

Até parece que não sabes que Portugal é o país das aparências!!!