sexta-feira, 23 de maio de 2014

Europa, Eleições, Imigração

Uma das coisas que eu não gostei em Roma (falarei sobre essa viagem num post muito brevemente), foi o excesso de vendedores ambulantes, daqueles chatos, aborrecidos mesmo, e dos gatunos e máfias que abundam nas ruas.
Pessoas chegadas asseguraram-me que há 10 anos atrás, quando visitaram a cidade, não era assim. Depois de uma tentativa de assalto por parte de uma dessas máfias (juro que em breve conto o episódio), comecei a sentir insegurança quando esses grupos étnicos nos acercavam, tentando impingir-nos algo, como produtos ou outros esquemas.
Ora, nas eleições europeias discute-se tudo menos as políticas europeias fundamentais. Aquelas que nos dizem respeito e mexem com a vida de milhões de cidadãos diariamente. A direita extremista está a ganhar terreno em países como a França, o que é manifestamente preocupante. França e Itália enfrentam um problema de imigração ilegal que está prestes a tornar-se explosivo.
Os imigrantes ilegais chegam todos os dias e as cidades estão a deixar de poder comportar toda esta população. Em Portugal, não assistimos tanto a este fenómeno, muito menos no norte do país, mas por essa Europa fora a coisa complica-se.
Não vou entrar em falsas demagogias ou moralismos. Eu sou contra certos tipos de imigração. A imigração das máfias, dos bandidos, dos malfeitores. E esse fenómeno ocorre em cada vez mais cidades europeias. Esse problema resulta do facto de as autoridades dos países em causa terem sido incompetentes no tratamento destas situações. A meu ver, a imigração que procura emprego, que dá o seu contributo à sociedade, que pretende instalar-se num país e viver de acordo com as suas regras, é sempre bem-vinda. A imigração do banditismo, não é. De forma a evitar o que se passa actualmente (senti um clima de insegurança em Roma tal, como não senti cá em Portugal em bairros problemáticos), esses cidadãos, participantes em actividades ilícitas, deveriam ser extraditados para o país de origem. Sem mas nem meios mas. Nada de prisões de luxo (que o são comparadas com as prisões de alguns países), nada de festinhas e mãos brandas. Extradição e ponto final.
Isto deveria ser uma medida controlada e tomada por todos os países que vissem a sua sociedade ameaçada. Deveria ser uma política comum entre todos os estados membros da UE.
Exemplifico com o facto de, por exemplo, aqui no norte, estar a gerar-se um clima de medo numa zona da cidade do Porto, devido à existência de máfias romenas, que alugam espaços devolutos e aterrorizam as vizinhanças. Esses senhores, em havendo prova de crime, sendo que estão perfeitamente identificados, seriam exportados para o seu país. Sem segundas oportunidades.
Não sou falsa, não sou da esquerda do caviar. Custa-me um bocado andar a descontar balúrdios em impostos todos os meses, para me sentir ameaçada por grupos de máfias na minha cidade. Para não ver políticas eficazes de combate ao crime. Para que pessoas que são criminosas e não têm rendimentos lícitos, usufruírem dos descontos feitos por todos.
Mais uma vez: a imigração que vem com bons propósitos, em busca de uma vida melhor, pode e deve ser ajudada. É necessário formular meios para que essas pessoas não caiam nas ruas. Mas por outro lado, a imigração de bandidos deve ser travada. Coisa que não vejo a acontecer.

Não está calor e nem sequer está sol. É verdade que os debates sobre as eleições europeias têm sido vergonhosos, mas não é menos verdade que como europeus devemos tomar as rédeas das discussões que mais do que nunca nos afectam.
Quero ver qual será o número da abstenção no domingo...

6 comentários:

Karina sem acento disse...

Concordo em pleno contigo. Eu sou emigrante e tive de me adaptar a um novo país, a novas regras, a uma outra cultura e não é o contrário que tem de acontecer. Creio que há muitas pessoas que confundem racismo e xenofobia com a realidade que tem vindo a passar-se em muitos sítios. Sou a primeira a criticar aquele que despreza o outro por ser de outra cor, religião, etc, mas sou a primeira a dizer que um ladrão, assassino, bandido, deve voltar para sua casa se não sabe portar-se como deve ser.

Pi Maria disse...

O que mais me choca é a gente jovem não votar, dizer que não se interessa pela política e que prefere ficar em casa ou ir passear do que ir votar. Com todo o respeito, mas só me apetece espetar um par de estalos quando ouço alguém da minha idade dizer que não vai votar, só porque sim. Porra, tanto tempo a lutar pelo direito de voto (principalmente nós mulheres) e depois nada, depois não se faz uso do direito?! Depois queixam-se que as coisas estão más, pois, também não fazem nada para que a coisa mude. O direito mais importante do povo é precisamente o voto, é aqui que os grandes se dobram perante o povo, é na altura das campanhas que se vê o poder que o povo tem, a carta que têm na mão.
Eu sempre fui votar, nem que fosse em branco, que considero um direito a exercer contra a má política. Votar em branco sempre é melhor do que ficar em casa com o rabo alapado, é uma forma de demonstrar o nosso descontentamento.
Domingo vou votar, por um futuro melhor, por um futuro em que acredito. Espero que todos os portugueses também façam o mesmo.

Beijinhos

rosaamarela disse...

Eu estive ha pouco tempo em Roma e nao senti nada disso, e ficamos num bairro que tem ma fama, mas o hotel foi recomendado e o P.
A. muito bom, embora ache que a europa esteja com um serio problema com a imigraccao...

rosaamarela disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Morango Azul disse...

Eu estive em Roma e senti-me bastante seguran havia muitos policias na rua.

S* disse...

Nem tenho perdido o tempo com as Europeias. Já mete nojo.