terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Se o arrependimento matasse

Hoje fui almoçar a um local onde não ia há anos. Mas costumava almoçar nesse local quando trabalhava num emprego que deixei, numa outra vida. Nesse emprego, tinha regalias, um chefe em condições, colegas aceitáveis e um ordenado razoável, bem melhor do que o que tenho agora. Ah, e saía a horas de gente. Saí desse emprego porque tive uma proposta para um outro, esse sim, era onde eu queria estar, era o emprego que eu julgava que merecia.
Mas todas as promessas que me fizeram nesse novo emprego se revelaram furadas, um óasis que nunca existiu, e acabei no desemprego, sem direito a subsídio. Vim para casa com uma mão à frente e outra atrás. Comi, nessa altura, o pão que o Diabo amassou.
E após essa experiência frustrante e marcante na minha vida, vim parar até onde estou hoje.
E então dei por mim a pensar, na mesa onde já me sentei muitas vezes, que a minha vida teria tido certamente outro rumo se não tivesse confiado em promessas vãs. E, infelizmente, acho que o rumo seria hoje bem melhor do que aquele que efectivamente a minha vida tomou a nível profissional.
Se o arrependimento matasse...

1 comentário:

Karina sem acento disse...

Se não tivesses ido para o tal emprego, hoje poderias estar a pensar que se calhar tinhas feito mal, se calhar estarias melhor, se calhar isto e aquilo. Uma pessoa nunca sabe o futuro, mas pelo menos tu arriscaste. Não ficarás a pensar o que poderia ter acontecido se não o tivesses feito.