segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Os testes psicotécnicos

Não sou a favor de testes psicotécnicos, nunca fui.
Sempre os achei uma fantochada, um meio que os psicólogos arranjaram de terem mais importância. Podem chamar-me de ignorante, não me importo, esta é a minha opinião. Não acredito nem nunca acreditarei que por se passar em testes psicotécnicos e outros do género, a pessoa é mais talhada para uma função do que outra que não passou porque teve um mau dia, dormiu mal, teve uma chatice com o namorado, etc etc. Já fui fazer testes desses com 39º de febre, e como é óbvio não passei. Não era indicada para a função? Creio que era, tanto que depois entrei para a mesma função numa empresa concorrente.
Por isso esses testes nada me dizem.
Na semana passada fui contactada por uma empresa de recrutamento para uma função que até me interessava. Assim sendo, aceitei submeter-me a mais uma interminável bateria de testes (o que também não percebo tendo em conta uma profissional que está no mercado há mais de 5 anos, mas adiante). Então, que surpresa, os testinhos em causa tinham a duração de nada mais nada menos do que 3 horas. Sim, leram bem, 3 horas.
Estes testes continham, só para terem noção, testes de raciocínio matemático que implicavam matéria da faculdade, das cadeiras de matemática de 1º e 2º ano. Ou seja, não eram propriamente fáceis, e implicavam que me lembrasse de coisas que não pegava há anos.
Mas o pormenor ou pormaior mais importante, é que no decorrer da tal função, a matéria alvo dos testes não serve em nada para o desempenho da mesma. Estranho? Para mim, ridículo. Não creio que alguém seja melhor profissional do que outro, por se lembrar de coisas do 1º ano de faculdade em que nunca mais pegou.
Podem dizer que serve para testar a capacidade de raciocínio. Mas não podem fazê-lo de outra forma?
Não era muito mais fácil falarem com as pessoas, de modo a perceberem se tinham ou não o perfil indicado para a função?
Não, vamos por as pessoas a fazer testes de 3 horas que não conseguem terminar, para que elas se sintam frustradas e com sensação de tempo perdido. Muito melhor.

3 comentários:

Lois Lane disse...

Eu também não me dou com esses testes. Há me aconteceu perder horas em dois recrutamentos e não passar sequer da primeira fase. E tenho a certeza que, do grupo, havia gente com muito menos capacidades que eu!

Jade disse...

É absolutamente parvo! Eu já fiz testes psicotécnicos e foram mais as vezes que passei do que as que não passei. Fico sempre com a sensação que, são tão grandes que não é suposto nós acabarmos aquilo e como é que se avalia a competência de alguém por isso? Ainda mais limitado a essas matérias! Não se avalia! Acho bem que se usem esses testes mas não apenas esses! E se uma pessoa é nervosa e se atrapalha? É burra, acho redutor! compreendo-te perfeitamente

Karina sem acento disse...

Ainda há uns dias estivemos, entre amigos, a falar sobre isto mesmo. Vai quase dar ao mesmo como a entrada nas faculdades, em que muitas pessoas, só porque têm médias altas, vão para cursos como o de medicina mesmo não tendo vocação nenhuma para tal.