Ontem, saímos para uma das zonas mais badaladas da cidade. Ambos envergávamos roupa muito descontraída, Bomboco com pólo e calças de ganga, eu de calças de ganga, top fluído, blaser e... Sapatilhas. E eu observava as muitas pessoas que lá estavam, e percebi um padrão. Engraçado como a Pólo Norte expressou o mesmo que eu quero dizer, de forma diferente e noutro contexto, neste post.
E eu observava, actividade que adoro, as meninas e os meninos, sobretudo as meninas, e realmente o padrão que me saltou à vista foi que quanto mais novas elas eram, mais sobreproduzidas estavam. Tudo era excesso. Desde a maquilhagem, aos decotes, aos calções ou vestido curtos e, claro, passando pelos gigantescos saltos altos. E eu pensava como é que elas conseguiam andar 10m com aquilo, quanto mais aguentar a noite toda. Enquanto isso, via outras pessoas, mais velhas, e outras da nossa idade, com um ar muito mais descontraído, mais desprovido de produção mas muito mais confortável.
E porque a partir de uma determinada idade, chegámos a um momento em que a nossa auto-estima não é determinada pelo tamanho dos nossos saltos altos, nem pela profundidade do nosso decote. Conseguimos sentir-nos bem sem cair no exagero, mesmo com umas calças simples e umas sapatilhas.
E isso meninas, não é coisa que se compre ou que se resolva com uns sapatos. O sentirmo-nos bem connosco próprias vai-se conquistando, aos poucos, com serenidade. E isso é melhor do que qualquer decote.
2 comentários:
Mas terei eu sido a única que aos vinte usava saltos altos, maquilhagem a mais, saias com comprimento a menos e saltos vertiginosos??? E já então, tal como agora, nunca sofri de problemas de auto estima, aliás, se sofro é de auto estima exacerbada :) fazia o que fazia porque se usava e porque podia, a verdade é essa! Nem tudo o que luz é ouro ou traumas... tomara eu ainda aguentar todo o dia de saltos altos...
No sábado à noite fui a um bar e reparei precisamente no mesmo!!
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