quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Da Lei do abandono de Idosos

Acho deplorável o que certas famílias fazem ao abandonar os seus familiares idosos em hospitais e nunca mais quererem saber deles. Acho, até certo ponto. 
Porque para mim, nem toda a minha família de sangue é efectivamente minha família. Correndo o risco de me acusarem de ser fria e sem coração, posso mesmo dizer que a maior parte da "minha família" não é, para mim, considerada como tal.
Pelo que eu nem sequer quero saber dessa gente para nada, muito menos para pagar consultas e tratamentos hospitalares. Como disse a Cláudia neste post, os velhos não passam a ser boas pessoas porque são velhos. 
Ai de quem vier pedir-me responsabilidades se no futuro eu não tratar do meu querido infelizmente ainda não falecido paizinho. Era o que mais me faltava.
Por isso não, não concordo que se aplique cegamente essa lei. 
Se há pessoas que não merecem ser abandonadas porque sempre fizeram tudo em prol dos seus filhos, outras há que nem mereciam ter nascido.

6 comentários:

Maria do Mundo disse...

Assino por baixo!

Jovem $0nhador@ disse...

Concordo com este texto...

Anónimo disse...

Pois, há família e há parentes.
E a velhice pode trazer ao de cima o pior das pessoas.
E não basta punir, é preciso arranjar soluções.
Num hospital têm cama lavada e comida de certeza.
Num lar podem passar um dia sem comer, presos numa cama mijada.
(não estou a defender o abandono a cargo dos outros, estou só a criticar que, num país de velhos, não se procurem soluções)

S* disse...

Ninguém vira santo só por ser velho, mas não acredito que todos os velhos abandonados sejam maus.

Anónimo disse...

Pelos meus pais os filhos fizeram tudo o que podiam.Sinto um amor e um agradecimento infinito pelos sacrificios que fizeram para que os filhos tivessem uma vida melhor que a deles.O progenitor dos meus filho(pai é cuidar e proteger) coisa que nunca fez . Viveu a sua vida na ramboiada para a qual tinha sempre dinheiro já para os filhos... nicles..... Que raio de obrigação têm para com o «bicho»? Agora que está a envelhecer procurou o filho,que não achou piada ao «dito» lhe aparecer a chamar-lhe filho. A resposta foi à altura da mísera intervenção desta personagem. Não deve voltar a ter outra vez o atrevimento de lhe chamar filho. Acha que se aproxima o tempo de necessitar de ter « FILHOS» e ousou aproximar-se. O que fez este escroque quando os filhos cresceram e necessitaram de pai? Pai foi o padrasto que contribuiu para o seu sustento e para tudo o que são hoje.

GATA disse...

Concordo com o teu texto, porque há sempre duas caras da mesma moeda! Eu não abandonei o meu pai e não abandonarei a minha mãe!

Mas dou-te dois exemplos: não ajudaria o meu avô paterno, se ele fosse vivo, pois ele nunca quis saber do filho (só quando precisava de dinheiro!) nem da neta - sou indiferente aos laços de sangue! No entanto, há muitos anos, que ajudo velhotes na minha zona, com os quais não tenho parentesco!