sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Eu sou um calhau tão grande, mas tão grande, que qualquer dia abro um buraco no chão, tamanha é a minha estupidez

Passo a explicar:
Eu trabalho desde 2011 numa empresa onde, quando eu entrei, entraram mais umas raparigas comigo. Elas, apesar de terem a minha idade, comportam-se e têm conversas ao nível de um grupo de adolescentes de 13 anos, para as quais eu não tenho paciência. Elas são astutas na arte ancestral do graxismo. Eu não.
Elas lá têm a vida delas, e eu a minha, e tento não entrar nunca em rota de colisão, porque creio ser o mais inteligente a fazer.
No início da semana, o meu chefe atribuiu-me um trabalho a ser feito na semana que vem, numa terreola. Depois lembrou-se que, para eu não ir sozinha para o fim de mundo, uma dessas meninas poderia ir comigo fazer o tal trabalho. Até aí tudo bem.
Ora, acontece que a empresa, como todas, paga a deslocação em carro próprio, sendo que ainda ganhamos uma margem com isso, por isso toda a gente normalmente quer levar o carro. A fulana vem-me com a conversa que é de longe e tal, ainda tem de vir aqui ter, se podia ela levar o carro, para não ficar o carro na rua. Acedo. Mas claro que tem de me vir buscar (sim, eu que moro ao lado de uma saída de autoestrada, e mesmo que não morasse!), e fulana faz cara feia. Que tem de fazer desvio. Só me apetecia mandar-lhe com um modem à cabeça. Então a empresa paga os quilómetros, eu acedo a que leves o carro quando supostamente era eu que ia levar o meu, e ainda te recusas a apanhar-me em casa? Quê, o meu carro vai dormir na rua para o teu não dormir? Arre que sou estúpida. Devia era ter dito logo que não, que quem levava o carro era eu, e ficava o assunto arrumado. Mas não, tenho a mania de ser boazinha.
Calhau, é o que sou. Calhau.

1 comentário:

Sexinho disse...

Acho que estás a precisar de aprender a grandiosa arte de dizer, NÃO!