quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Da inocência

Há certas regras que estão implícitas na empresa onde trabalho. Ninguém fala sobre elas mas elas existem.
Eu não me tinha apercebido de algumas coisas até hoje me o dizerem com todas as letras. Sou demasiado inocente, não me concentro em conversas de corredor e jogos de bastidores, por isso nunca sei bem o que se passa para além do meu trabalho.
Assim sendo, percebi que terei de dar mais atenção a alguns aspectos que pensava serem secundários porque... Sou demasiado inocente para lhes ter reconhecido importância antes.
A verdade é que a aparência é muito importante nas grandes empresas. Não falo da aparência física, mas sim no facto de aparentar ser, fazer, etc.
E cultivar algumas relações com pessoas importantes no círculo.
Caramba, tantas coisas que me estavam a passar ao lado. Aliei a minha inocência à minha distração e tiveram de me falar sobre coisas que eu pensava não serem necessárias.
Isto serviu de lição para mim.
A partir de agora estarei mais atenta aos comportamentos subjacentes, às mensagens subliminares.
Se este blog serve para ajudar alguém a alguma coisa, digo-vos: no mundo do trabalho, procurem ler nas entre-linhas, estar atentos às pequenas coisas mesmo que não pareçam muito importantes, ter confiança para se mostrarem e parecerem.
Não descartem desde logo à partida comportamentos que não vos parecem importantes. Muitas vezes acabam por sê-lo.

6 comentários:

Clementine disse...

É uma grande verdade, mas eu tento ficar fora de tudo, mas de olho aberto, tem de ser hehe ;) *

Portuguesinha disse...

Yap, sei isso mas não consigo alinhar. Sabe-se quase de imediato, quando se entra nesse mundo. De resto, não muito diferente de certos ambientes escolares.

Vês sempre alguém que fala mal de tudo e não gosta de trabalhar, maldiz o patrão mas quando este lhe quer falar é todo "sim sr". Vira-se e com caretas insulta-o. Vês colegas a usar da longevidade para te tentar humilhar e gozar. Vês pessoas antipáticas a fingir simpatia e em particular se se verem diante de alguém de quem podem tirar vantagem.

Já poucos se limitam a ser eles mesmos o tempo inteiro, concentrados no seu trabalho e sem tempo para fofocas e mexericos.

Portuguesinha disse...

Ah, esqueci de escrever mas acho que o teu texto é claro mas falta saber no que te baseias. Porque foi algo muito particular. Chamaram-te à parte para te dar essa dica? Isso não é usual. Normalmente querem é cavar um buraco mais fundo para te enterrares lá mais fundo e mais rápido.

PS: não sejas igual. Sê tu. Finge ser igual mas não te transformes em mais um/a...

Xs disse...

Pode ser inocência ou distração, mas uma coisa é certa: nas empresas sobrevive-se de politiquices!
Pode não fazer parte da nossa maneira de ser, mas numa grande empresa é preciso jogar!
Ou isso, ou sais fora!
É triste, mas olha que já vi muuuuuita coisa!

Karina sem acento disse...

É verdade o que dizes, se bem que é coisa que não me agrada. Eu continuo a achar que uma pessoa deve ser avaliada apenas pelo seu trabalho e pelos comportamentos directos relativos ao trabalho, como pontualidade, relação entre colegas (bom ambiente), etc etc. Tudo o resto, deveria ser desnecessário.

Anónimo disse...

Mas muito cuidado com as rasteiras...
É como entrar para um clube de fingidos!