É assim que me tenho sentido ultimamente, um caco, um farrapo. Não durmo em condições, tenho insónias e pesadelos, ando em constante ansiedade.
Isto de estar à espera de telefonemas de potenciais empregadores para decidir a minha vida é lixado. É um stress constante.
Claro que, escusado será dizer, algumas pessoas simplesmente sumiram-se, é tudo mais fácil os outros estão na mó de cima.
Eu nem sei dizer se as entrevistas me correm bem ou não, de tal é a minha baixa auto-confiança neste momento, que não consigo avaliar ou criar expectativas nesse sentido.
Faço os possíveis para continuar a ser uma pessoa bem disposta e de bem com a vida, apesar de às vezes me apetecer mandar tudo ao ar. Dou hoje valor, mais do que nunca, aquelas pessoas que passam uma vida a fazer algo que não gostam porque têm de pagar contas. Que estão num trabalho onde são desrespeitadas, espezinhadas, cujo valor nada lhes acrescenta. Sou uma dessas pessoas agora, e só eu sei o quanto me custa. Como eu disse numa entrevista a que fui ontem, apanhei um "banho de humildade". Não necessariamente porque anteriormente me considerava pouco humilde, mas sim porque não dei valor a algumas coisas no meu anterior emprego a que deveria ter dado e hoje vejo o quanto me fazem falta. Sim, receber a tempo e horas é uma das principais e antes era um mero dado adquirido. Sou hoje uma pessoa mais humilde do que fui, e se realmente as coisas acontecem por um motivo, então acho que retiro desta situação a minha lição para o futuro.
Mas por favor, que esta lição acabe depressa, que as dores de crescimento são mais fortes do que o esperado.
4 comentários:
Força.
Calminha e valeriana para relaxar, que o Céu se encarrega do resto!
Por não ter essas contas obrigatórias para pagar e por puder, fugi do trabalho onde estava, mas entendo o que dizes, aguentei lá 1 ano e foi tão duro... Força, vais conseguir!
É sempre, mas sempre, assim: quando estamos na mó de cima, estamos acompanhadas; mas quando estamos na mó de baixo, ficamos sozinhas... ("been there"...)
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