quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Dos Timings

Não é à toa que se diz muitas vezes que "fulano estava no sítio errado à hora errada".
A nossa vida é feita de timings. Como eu já disse aqui neste blog, não se trata de esperar pelo momento "certo", porque esse, o ideal, penso que não existe. Mas existem "janelinhas de oportunidade", uma espécie de momentos em que os astros ou o universo se conjugam de determinada forma, em que uma mesma acção em momentos diferentes, tem, muitas vezes, consequências totalmente díspares.
Penso por exemplo no meu timing, ao sair do meu emprego anterior, mesmo antes de saber que estava grávida, e ter vindo para o meu emprego actual, igualmente nessa situação. Foram ali umas semaninhas em que tudo se conjugou da melhor forma, entre sair do anterior, entrar neste, e passado outras semanitas, descobrir a gravidez. E ter também a sorte do termo da gravidez ocorrer no momento mais parado do ano na empresa. Volta de 180 graus.
Outras vezes, algumas palavras têm o seu timing, e se são ditas noutro contexto, perdem todo o seu poder. É como repreender crianças e animais. Não adianta repreender passado umas horas, porque os animais e as crianças, enquanto são muito pequenas, não têm capacidade para perceber a asneira não sei quanto tempo depois.
E à custa disto dos timings, chegou-me aos ouvidos esta história que me parece o corolário do mau timing. Um casal jovem, casado há pouco tempo, divorcia-se. Passadas umas semanas do divórcio, a rapariga descobre que está grávida do ex marido. Situação chata.
Não digo que o bebé fosse salvar aquele casamento. Provavelmente não. Mas ninguém tem a certeza. Mas poderia ter contribuído para atenuar uma decisão que muitos amigos do casal consideraram precipitada. Não sei exactamente a decisão que eles vão tomar, mas que toda a situação sofreu de mau timing, disso não há dúvidas.

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